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Restos fósseis de mamute são descobertos durante obras na Polônia
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Restos fósseis de mamute são descobertos durante obras na Polônia

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Aventuras Na História
25/06/2025 16h30
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16549223/original/open-uri20250625-56-rhn5fg?1750869374
©Divulgação/Instituto de Arqueologia da UMCS
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Durante escavações arqueológicas realizadas antes da construção de uma rodovia no sudeste da Polônia, foram descobertos restos fósseis de um mamute — incluindo uma presa praticamente intacta e um fragmento de osso da bacia, que pode ter pertencido a ele ou a um elefante-da-floresta. 

Segundo a emissora local TVN24, as peças foram encontradas na vila de Łabunie, próxima à cidade de Zamość, na província de Lubelskie, e datam do período Pleistoceno, época conhecida como Idade do Gelo, que se estendeu de cerca de 2,6 milhões a 11.700 anos atrás.

Os restos foram levados para análise na Universidade Maria Curie-Skłodowska (UMCS), em Lublin. Em entrevista à TVN24, Rafał Niedźwiadek, do Instituto de Arqueologia da UMCS, destacou a raridade da descoberta.

Ele afirmou que “nenhum artefato produzido por humanos desse período foi encontrado no local até agora” e acrescentou que ainda será necessário realizar mais escavações para tentar localizar “os vestígios das pessoas que caçaram o mamute”.

Mamutes como o que teve restos recuperados em Łabunie habitaram vastas regiões da Europa, Ásia e América do Norte durante a última era glacial. Com altura média entre 2,7 e 3,6 metros e peso de até sete toneladas, eram herbívoros adaptados ao frio extremo, com pelagem densa, presas curvas, orelhas curtas e uma espessa camada de gordura.

Coexistiram com humanos e eram alvo frequente de caça — seus ossos e presas eram usados para fabricar ferramentas, armas e até estruturas de abrigo.

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Restos fósseis foram encontrados na vila de Łabunie, na província de Lubelskie / Crédito: Divulgação/Instituto de Arqueologia da UMCS

Outras descobertas

A descoberta ocorreu durante as obras da rodovia S17, um corredor expresso com cerca de 120 km que vai conectar Zamość à vila de Hrebenne, na fronteira polaco-ucraniana. A Direção Geral de Estradas e Autoestradas da Polônia (GDDKiA) prevê escavações em 17 sítios arqueológicos ao longo de três trechos do percurso, cobrindo uma área total de 25 hectares.

Somente na região de Łabunie, os arqueólogos já mapearam aproximadamente 97 hectares e identificaram cerca de 650 estruturas arqueológicas fixas, informou a emissora. Entre elas estão restos de assentamentos medievais com fundações de edifícios residenciais, centenas de fragmentos de cerâmica, ossos de animais, ferramentas de sílex, objetos de osso e uma mó de pedra.

Também foi encontrado um “copo de oleiro” do período Neolítico (2500 a 1900 a.C.), associado a sepultamentos, e caracterizado por sulcos horizontais típicos da cultura da cerâmica cordada.

As obras da S17 devem se estender pelos próximos cinco anos. Diante do ritmo das escavações e da diversidade de camadas históricas na região, os pesquisadores acreditam que novos achados de valor científico ainda devem surgir. No ano anterior, ossos de mamute, urso e leão-das-cavernas também foram identificados em escavações na Caverna do Paraíso (Jaskinia Raj), no sul do país, reforçando a importância arqueológica do território polonês.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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