Roubo do Louvre: mulher é acusada de cumplicidade, e suspeito é solto
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Em um desenrolar mais recente do roubo ocorrido no Museu do Louvre, em Paris, uma mulher de 38 anos foi oficialmente acusada de envolvimento no crime. Este episódio, que teve um prejuízo estimado em 88 milhões de euros (mais de R$ 550 milhões na cotação atual), continua a ser objeto de uma investigação intensa por parte da Justiça francesa.
A acusada foi detida na quinta-feira, 30, juntamente com outros quatro suspeitos. Na tarde de hoje, ela compareceu perante um juiz que decidirá sobre sua permanência na prisão, conforme solicitado pela promotoria. A mulher, residente em La Courneuve, está sendo acusada formalmente de cumplicidade em um roubo organizado e conspiração para a prática criminosa.
Além disso, um dos cinco detidos foi liberado ontem por falta de evidências suficientes contra ele. As advogadas do suspeito criticaram a situação, afirmando que “Nesses casos de grande criminalidade, constatamos que as ondas de prisões se assemelham mais a redes de arrasto”, conforme relataram à AFP.
A polícia anunciou ter encontrado “vestígios de DNA” relacionados a outro dos detidos durante o assalto ocorrido em 19 de outubro, que durou menos de oito minutos. Segundo a promotora Laure Beccuau, os demais indivíduos capturados “podem eventualmente nos fornecer informações sobre o desenrolar dos fatos”.
No dia 25 de outubro, dois homens foram presos sob suspeita de integrarem o grupo que esteve no museu. Um deles foi capturado enquanto tentava embarcar para a Argélia em um aeroporto parisiense. Ambos foram indiciados e colocados em prisão preventiva na noite da última quarta-feira.
Investigações
Durante uma coletiva na quinta-feira, a procuradora Beccuau reconheceu que as joias roubadas ainda não foram localizadas. Ela expressou sua determinação e a dos cerca de cem investigadores envolvidos na recuperação dos itens subtraídos e na identificação dos criminosos responsáveis. Os investigadores estão atualmente analisando diversos mercados paralelos, já que é provável que os objetos não sejam vendidos no mercado legal de arte.
O incidente levantou sérias preocupações sobre a segurança no Louvre, considerado o museu mais visitado do mundo. A ministra da Cultura da França, Rachida Dati, divulgou na sexta-feira as conclusões preliminares de uma investigação administrativa sobre a segurança do museu, apresentando um relatório crítico. Dentre os pontos destacados estão uma “subestimação crônica e estrutural do risco de intrusão e roubo”, além da falta de sistemas adequados de segurança e protocolos desatualizados para lidar com roubos e invasões.
O modo como o assalto foi realizado foi descrito como cinematográfico. No dia do crime, os quatro ladrões conseguiram estacionar um caminhão com plataforma elevatória ao lado do museu, permitindo que dois deles acessassem as galerias onde as joias da Coroa estão guardadas através de uma cesta elevatória, conforme repercute o UOL.