Home
Notícias
Ruptura do vórtice polar deve levar frio e neve ao hemisfério norte
Notícias

Ruptura do vórtice polar deve levar frio e neve ao hemisfério norte

publisherLogo
Aventuras Na História
21/11/2025 17h51
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/rss_links/images/50839/original/Aventuras_na_Histo%CC%81ria.png?1764190102
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Nas próximas duas semanas, regiões do hemisfério norte devem enfrentar queda acentuada de temperatura, além de episódios de neve e frio intenso. A mudança está ligada a uma perturbação no vórtice polar norte, estrutura de baixa pressão e ar extremamente frio que circunda os polos da Terra e ajuda a manter o ar gelado confinado às altas latitudes.

Segundo o climatologista Francisco Aquino, professor do Centro Polar e Climático da UFRGS, um aquecimento súbito e anômalo na estratosfera — entre 15 e 30 km de altitude — desorganizou o vórtice polar, permitindo que ondas atmosféricas se espalhem e alterem os padrões de circulação. Com isso, correntes rápidas de vento se reorganizam e abrem caminho para que massas de ar ártico avancem com força sobre o Canadá e o centro dos Estados Unidos, derrubando as temperaturas.

Embora rupturas no vórtice polar façam parte da dinâmica atmosférica, Aquino explica que são eventos raros, ocorrendo apenas a cada 20 ou 30 anos. No entanto, nas últimas décadas, pesquisadores têm observado uma frequência maior desses episódios. O climatologista aponta que o aquecimento global pode estar intensificando o processo: mais vapor d’água na atmosfera significa mais calor sendo transportado para níveis elevados, favorecendo aquecimentos súbitos na estratosfera.

Destaque

Judah Cohen, meteorologista e pesquisador do MIT, destaca ainda que um evento dessa magnitude é incomum para novembro. Apesar da intensidade do fenômeno no hemisfério norte, Aquino afirma que a ruptura do vórtice polar não deve gerar impactos diretos no Brasil. Contudo, lembra que, com a presença de um La Niña fraco, a circulação tropical pode se fortalecer, influenciando padrões de chuva em algumas regiões do país.

Segundo a CNN, o La Niña, caracterizado pelo resfriamento das águas no Pacífico equatorial, tende a provocar chuvas acima da média no Norte e Nordeste, tempo mais seco no Sul e maior risco de incêndios no Pantanal e na Amazônia. Junto à reorganização dos ventos em altos níveis da atmosfera, o fenômeno contribui para um cenário global ainda mais dinâmico e desafiador para a previsão climática.

icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também