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Sítio arqueológico revela vila da Idade do Ferro e centro industrial romano
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Sítio arqueológico revela vila da Idade do Ferro e centro industrial romano

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Aventuras Na História
22/07/2025 20h20
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©Divulgação/Arqueologia de Cotswold
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Uma escavação arqueológica realizada antes do início de um empreendimento habitacional em Fordingbridge, Hampshire, revelou um dos mais impressionantes registros de ocupação contínua no sul da Inglaterra.

A investigação, conduzida pela equipe de Andover da Cotswold Archaeology nos arredores do Parque Nacional de New Forest, identificou mais de 2.000 vestígios arqueológicos distribuídos em apenas 0,84 hectare de terra — uma área equivalente a pouco mais de dois campos de futebol.

Entre as descobertas mais significativas estão os restos de pelo menos 15 casas redondas da Idade do Ferro, datadas do século 1, cada uma com cerca de 13 metros de diâmetro. Com entradas voltadas para o leste ou sudeste e vestígios de alpendres, as estruturas indicam um assentamento rural até então desconhecido. A sobreposição de construções sugere que a comunidade persistiu por várias gerações.

O local também apresentou sinais claros de atividades domésticas intensas. Escavações nas redondezas das casas revelaram evidências de produção têxtil — como verticilos de fuso e pesos de tear — e processamento de grãos, confirmado por numerosos fragmentos de mós.

Entre eles, os arqueólogos encontraram uma mó completa feita de arenito verde, um achado extremamente raro. Segundo a especialista em pedras Ruth Shaffery, o artefato foi usado intensamente e adaptado ao longo do tempo, até ser cuidadosamente enterrado, provavelmente como forma simbólica de descarte.

A paisagem de Fordingbridge, com vista para o riacho Allen e seus afluentes, parece ter atraído ocupações contínuas. Durante o período romano médio ao tardio, o caráter do local mudou radicalmente.

Novos fossos e trilhas revelam uma reorganização do espaço e a transição de um ambiente doméstico para um polo de produção industrial. Vestígios de cadinhos, fragmentos de cerâmica mal queimada, resíduos de fornos e acúmulos de argila cozida indicam atividades relacionadas à metalurgia e à fabricação de cerâmica.

"Essas descobertas apontam para uma adaptação impressionante da comunidade local, que evoluiu de um assentamento agrícola para um centro de produção relevante na economia regional", afirma um porta-voz da equipe arqueológica.

Análises

Com os artefatos ainda em análise, os pesquisadores esperam determinar se o material cerâmico encontrado é compatível com peças produzidas em fornos conhecidos da Nova Floresta ou se trata de um novo centro de manufatura até então não documentado.

Segundo a 'Archaeology Magazine', o sítio arqueológico de Fordingbridge não apenas revela um novo capítulo da história britânica antiga, mas também exemplifica como ocupações humanas moldaram e foram moldadas pela paisagem ao longo de séculos.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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