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Sobrevivente de nevasca acusa monitores por negligência
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Sobrevivente de nevasca acusa monitores por negligência

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Aventuras Na História
22/11/2025 13h03
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Um sobrevivente da nevasca que deixou cinco turistas mortos no parque nacional Torres del Paine, no Chile, afirmou que a equipe responsável pelo acampamento orientou o grupo a continuar a trilha mesmo após alertas de mau tempo. O relato é de Tom Player, compositor britânico que estava entre os que enfrentaram a tempestade brutal na Patagônia.

Segundo afirmou Player à imprensa internacional, os trilheiros chegaram a mostrar aos funcionários uma captura de tela da previsão do tempo que indicava ventos fortes e risco de deterioração rápida das condições climáticas. Mesmo assim, teriam sido tranquilizados: ouviram que tudo estava “normal” e que poderiam seguir adiante. Poucas horas depois, ventos superiores a 190 km/h atingiram a região, transformando o percurso em um cenário de caos, neve intensa e visibilidade quase nula.

Player descreveu a experiência como “absolutamente brutal”, com chuva congelada e temperaturas extremamente baixas. Ele também destacou um problema crítico: a ausência de guarda-parques no dia do incidente. Autoridades chilenas justificaram a falta de profissionais devido à votação obrigatória na eleição presidencial, mas para os sobreviventes, isso deixou os visitantes sem qualquer apoio oficial no momento mais crítico.

Nevasca no Chile

Diante da tragédia, os próprios trilheiros se mobilizaram. Cerca de 30 voluntários organizaram buscas improvisadas para localizar pessoas perdidas ou feridas. Player participou dos resgates, improvisando uma maca com bastões de caminhada, cordas, fita adesiva e um colchão. Ele conseguiu salvar uma mulher em estado de hipotermia, envolvendo-a em um saco de dormir e fornecendo calor com água quente.

No entanto, ao encontrar a britânica Victoria Bond, uma das vítimas, o grupo tentou reanimá-la, mas ela não resistiu. Player afirma que possui dados de GPS que mostram que quatro das cinco vítimas estavam na trilha marcada, o que contradiz versões que sugeriam que elas poderiam ter se desviado do caminho. Para ele, a responsabilidade é evidente: “Não havia motivo para permitir a caminhada naquele dia”.

A tragédia reacendeu críticas à administração do parque e às empresas que operam rotas de trekking na região. Especialistas e turistas pedem revisão urgente dos protocolos de segurança, especialmente no que diz respeito à comunicação de riscos e à obrigatoriedade de suspender atividades diante de alertas meteorológicos severos.

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