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Troca de reféns entre Israel e Hamas é marcada por possível erro de identificação
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Troca de reféns entre Israel e Hamas é marcada por possível erro de identificação

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Aventuras Na História
21/02/2025 18h00
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©Getty Images
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O Hamas afirmou nesta sexta-feira, 21, que pode ter ocorrido uma troca equivocada dos restos mortais de Shiri Bibas na Faixa de Gaza. O grupo admitiu “a possibilidade de um erro” após Israel declarar que os restos entregues não pertencem a Bibas.

Shiri Bibas, sequestrada em 7 de outubro de 2023 aos 32 anos, morreu em cativeiro, e o Hamas devolveu seus supostos restos mortais na quinta-feira (20), junto com os corpos de seus dois filhos e de um refém idoso. A família se tornou símbolo da luta pelo retorno dos reféns.

No entanto, após uma autópsia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os restos mortais identificados como sendo de Shiri Bibas, na verdade, pertencem a uma moradora não identificada de Gaza. As Forças Armadas de Israel confirmaram o erro por meio de análises de DNA.

Em comunicado nesta sexta-feira, o Hamas alegou que os restos de Shiri podem ter sido misturados a outros corpos sob os escombros de um ataque aéreo israelense ao local onde estava cativa. O grupo atribui a morte da família Bibas ao bombardeio, enquanto Israel afirma que as análises indicam que eles foram assassinados no cativeiro.

O Hamas declarou que investigará o caso e divulgará os resultados em breve. Netanyahu acusou o grupo de uma “violação cruel” do cessar-fogo e garantiu que Israel agirá “com determinação” para trazer Shiri Bibas de volta. Na quinta-feira, o governo exigiu a devolução imediata do corpo e classificou o caso como “extremamente grave”.

“Agiremos com determinação para trazer Shiri de volta para casa, junto com todos os nossos reféns – vivos e mortos – e garantiremos que o Hamas pague o preço total por essa cruel e brutal violação do acordo. (…) Nós os vingaremos”, afirmou Netanyahu.

Repercussão 

O Hamas rejeitou as acusações e disse que continuará cumprindo o cessar-fogo. O grupo também divulgou os nomes dos seis reféns que serão libertados no sábado, 22.

A Cruz Vermelha expressou preocupação com a forma como o Hamas tem conduzido as operações de liberação dos reféns. A entrega dos corpos gerou grande comoção em Israel.

A revelação de que os restos não pertenciam a Shiri Bibas foi feita na noite de quinta-feira, após análises forenses.

“Durante o processo de identificação, foi determinado que o corpo adicional recebido não é de Shiri Bibas, e não há correspondência com qualquer outro refém. Trata-se de um corpo anônimo e não identificado”, informaram as Forças Armadas.

Por outro lado, os exames confirmaram que os outros corpos devolvidos pertenciam de fato a Ariel e Kfir Bibas, filhos de Shiri, e a Oded Lifschitz, refém de 83 anos.

Israel acusou o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo, que previa a devolução de quatro reféns mortos. “Exigimos que o Hamas devolva Shiri para casa junto com todos os nossos reféns”, declarou o governo.

A entrega dos corpos ocorreu em Khan Younis, na Faixa de Gaza, e foi conduzida pela Cruz Vermelha, que os transportou para Israel em caixões pretos.

A ONU condenou a forma como os corpos foram entregues. O chefe de Direitos Humanos da organização, Volker Turk, classificou como “abominável” o desfile dos corpos em Gaza e afirmou que isso fere o direito internacional.

O Hamas alega que Shiri e seus filhos foram mortos em um ataque aéreo israelense um mês após o sequestro. Israel, no entanto, nega a acusação e afirma que se trata de “propaganda cruel”.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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