Trump usa símbolo nazista da perseguição contra homossexuais em publicação

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou um símbolo nazista de perseguição contra homossexuais em sua plataforma, a Truth Social. Nela, o republicano repostou uma imagem de um triângulo rosa invertido, que está coberto com um sinal vermelho de proibido.
Segundo repercutido pela blog de Sandra Cohen, no G1, a ideia de Trump era reproduzir um artigo do jornal conservador The Washington Times, do colunista Jeremy Hunt, que elogia a decisão de seu governo de proibir que transgêneros façam parte das Forças Armadas.
Para isso, o presidente norte-americano acabou usando o símbolo que remete à perseguição de gays e transgêneros no nazismo. Está, porém, não é a primeira vez que o governo é associado com ideias propagado por Adolf Hitler, com Elon Musk e Steve Bannon, colaboradores de Trump, gerando polêmica ao fazerem gestos nazistas.
Quando Donald Trump voltou à Casa Branca, ele optou por erradicar os programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) de órgãos federais, alegando que tais práticas eram discriminatórias, imorais e ilegais. Assim, classificou os gêneros apenas como dois: masculino e feminino, o que fez com que jovens transgêneros tivessem suas assistências médicas cortadas.
Além disso, em janeiro, pessoas trans passaram a ser consideradas inadequadas ao serviço militar, a partir de outra ordem executiva assinada por Trump.
A perseguição LGBT no Holocausto
Na Segunda Guerra Mundial, o regime nazista perseguiu e aniquilou cerca de 6 milhões de judeus. Entretanto, o grupo não foi o único a ser caçado incessantemente: negros, ciganos, Tersemunhas de Jeová, deficientes e homossexuais também se tornaram alvos do Terceiro Reich.
A perseguição contra o último grupo citado, aliás, começou a ocorrer bem antes do início do conflito — em 1º de setembro de 1939. Desde quando o Partido Nazistas ascendeu ao poder, em 1933, os homossexuais passaram a ser repreendidos.
Segundo o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos (United States Holocaust Memorial Museum), cerca de 100.000 homens foram enquadrados no parágrafo 175. Deste montante, pouco mais da metade (53.400) foi condenado, e entre 5.000 e 15 mil foram presos em campos de concentração como "infratores homossexuais".
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Por lá, eles eram obrigados a usar um triângulo rosa em seus uniformes, uma forma de identificá-los dentro do sistema carcerário.
O símbolo os colocava como um grupo distinto dentro dos campos, o que os tornavam um dos mais explorados e abusados.
Além de serem constantemente alvos de abusos físicos, o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos aponta que o grupo também sofria abuso sexual de guardas de campo e de companheiros de prisão.
Em Buchenwald, por exemplo, os triângulos rosas foram vítimas de experimentos médicos desumanos. A partir de 1942, os comandantes dos campos obtiveram, oficialmente, a autorização para que o grupo fosse submetido a castração forçada.
Apesar de todo o preconceito contra os gays, o fato de muitos deles serem falantes de alemão fez boa parte dos triângulos rosa ocuparem cargos menos onerosos nos campos, como atuando em funções administrativas.
Um fato que torna o número de gays prisioneiros e mortos durante o Holocausto incerto é que, na grande parte das vezes, a sexualidade não era o principal fator por terem sido presos.
Assim, existiam muitos homens que foram enviados aos campos e classificados, antes de mais nada, como adversários políticos ou judeus — a sexualidade era, geralmente, um motivo secundário à prisão.


