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Veterano condecorado dos EUA se autodeporta após décadas no país
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Veterano condecorado dos EUA se autodeporta após décadas no país

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Aventuras Na História
26/06/2025 21h00
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Após quase 50 anos vivendo nos Estados Unidos, o veterano de guerra Sae Joon Park, de 55 anos, foi forçado a deixar o país e retornar à Coreia do Sul — onde nasceu, mas da qual havia se distanciado desde os sete anos de idade.

Park, que ganhou o Coração Púrpura ao ser baleado durante a invasão americana ao Panamá, afirmou em entrevista que a deportação representa uma "traição dolorosa" do país pelo qual arriscou a vida.

Embora tivesse residência legal permanente, Sae não conseguiu converter seu status em cidadania americana plena devido a problemas legais ligados ao vício em drogas, decorrentes de transtorno de estresse pós-traumático. Sua história evidencia o impacto das políticas imigratórias mais rígidas adotadas durante o governo Trump, mesmo contra estrangeiros que serviram nas Forças Armadas dos EUA com distinção.

Segundo o 'The Guardian', o veterano, que vivia no Havaí e cuidava da mãe idosa e de dois filhos, partiu voluntariamente após ser avisado pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) que seria detido e deportado.

Não estarei aqui para o casamento da minha filha, para o funeral da minha mãe… Isso é devastador", disse Park, emocionado, antes de embarcar.

Tratamento

Apesar de reconhecer seus erros do passado, ele acredita que seu histórico militar e os esforços de reabilitação foram ignorados. O Departamento de Segurança Interna, por outro lado, justificou a remoção com base em seu prontuário criminal. A deportação reacende o debate sobre a cidadania automática para veteranos estrangeiros — uma promessa feita por décadas, mas não cumprida para muitos.

Lutei por este país. Fui ferido por ele. E agora sou expulso por ele", lamentou Sae.

A história de Sae Joon Park também levanta questões mais amplas sobre o tratamento de veteranos imigrantes nos Estados Unidos, muitos dos quais enfrentam abandono institucional após o serviço militar.

Organizações de defesa dos direitos de veteranos e de imigrantes vêm pressionando o Congresso para aprovar legislações que garantam proteção legal a ex-combatentes estrangeiros, incluindo acesso facilitado à cidadania e apoio psicológico após o retorno do serviço.

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