Home
Notícias
EUA registram relâmpago mais longo do mundo, com 829 km de comprimento
Notícias

EUA registram relâmpago mais longo do mundo, com 829 km de comprimento

publisherLogo
Bons Fluidos
31/07/2025 15h13
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/16572680/original/open-uri20250731-36-q7tefi?1753974908
© WMO
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

O relâmpago com maior extensão foi registrado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta quinta-feira (31). O raio que conquistou novo recorde mundial, de 829 km de comprimento, aconteceu durante uma tempestade entre os estados do Texas e Missouri, nos EUA, em outubro de 2017.

“Esse novo recorde mostra como a natureza ainda guarda fenômenos impressionantes e como os avanços tecnológicos ajudam a observá-los com mais precisão”, disse ao G1 o professor Randall Cerveny, da OMM.

O impressionante relâmpago, cuja extensão é maior que a distância de cidades como São Paulo a Belo Horizonte. Para se ter uma ideia ainda mais vívida, é quase a mesma que separa São Paulo do Rio de Janeiro em linha reta. Este novo recorde supera o anterior, que era de 768 quilômetros e havia sido registrado no sul dos Estados Unidos.

Maior relâmpago do mundo - de 829 km - ocorreu entre o leste do Texas e a região de Kansas City
Maior relâmpago do mundo – de 829 km – ocorreu entre o leste do Texas e a região de Kansas City – WMO

O que explica este relâmpago?

Relâmpagos como este, conhecidos como “megaflashes”, são eventos raros e poderosos. Eles ocorrem quando as condições atmosféricas permitem que uma única descarga elétrica se propague por distâncias extraordinariamente longas, conectando diferentes células de tempestade. A ocorrência desse recorde nos Estados Unidos não é totalmente inesperada, já que a região é conhecida por seus sistemas de tempestades de grande escala. Para se ter uma ideia, raios comuns duram menos de 1 segundo e podem se estender por até 16 quilômetros.

Pesquisadores analisaram essa descarga elétrica com a ajuda de satélites meteorológicos de última geração. Além disso, contaram com cientistas de vários países. Uma das participantes foi a brasileira Rachel Albrecht, professora da USP.

Segundo o pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Marcelo Saba, em entrevista à Folha de SP, de forma geral, raios são formados por uma descarga que se propaga. Inicialmente, forma-se dentro de nuvens. Eventualmente, chegam ao solo. “Cargas elétricas na nuvem que propulsionam, vamos dizer assim, essa descarga que continua se propagando. Se a nuvem é bastante extensa, horizontalmente, ela vai dar chances a que ocorram essas descargas”, afirma.

A descoberta reforça que, mesmo com todo o avanço tecnológico, a natureza ainda guarda surpresas. Além disso, continua a nos desafiar a expandir os limites do conhecimento humano. Por fim, este raio de dimensões gigantescas serve como um lembrete vívido da força indomável que vem do céu.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também