Após fazer denúncias na internet, Felca começou a usar carro blindado e segurança

O influenciador Felca, de 27 anos, revelou que passou a utilizar carro blindado e contar com a presença de seguranças após receber ameaças decorrentes de denúncias feitas em suas redes sociais. Em entrevista ao podcast PodDelas, ele foi questionado sobre o assunto e confirmou a situação: "Ah, muitas. Comecei a andar com carro blindado, com segurança, por causa das ameaças". O criador de conteúdo destacou que o momento mais crítico ocorreu após publicar um vídeo denunciando propagandas de casas de apostas. "A questão das bets veio com muitas ameaças", afirmou.

Recentemente, Felca voltou ao centro das discussões ao divulgar um novo conteúdo em que aborda a suposta exploração de menores nas redes sociais. Ele afirmou que já espera possíveis ações judiciais por conta das acusações feitas. "A gente conta com isso, que vai existir alguns processos. Mas se ninguém fala, ninguém vai falar", disse, reforçando que, para ele, é necessário expor tais práticas para que sejam discutidas publicamente.

O vídeo mais recente do influenciador, intitulado "adultização", tem cerca de 50 minutos de duração e ultrapassou 26 milhões de visualizações. Na produção, Felca cita o criador de conteúdo Hytalo Santos, cobrando não apenas a responsabilidade dos influenciadores, mas também das plataformas que permitem e monetizam esse tipo de material. O vídeo denuncia a participação de adolescentes em conteúdos com danças sensuais e contextos sexualizados. Em gravações no YouTube, Hytalo é visto incentivando menores a se beijarem e fazendo perguntas como: "já pulou a cerca?", "já pegou mais de quatro na balada?" e "já sentiu vontade de ficar com pai, mãe, primo ou tio de um amigo?".

Em 2024, o UOL já havia divulgado investigações conduzidas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) contra Hytalo Santos por suposta exploração da imagem de menores. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe que adultos produzam ou divulguem imagens que violem a dignidade ou exponham crianças e adolescentes a situações vexatórias ou constrangedoras. De acordo com o artigo 232 do ECA, a pena para esse tipo de conduta varia de seis meses a dois anos de detenção. Caso o Ministério Público identifique violações, poderá apresentar denúncia formal à Justiça ou propor um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para que o influenciador interrompa a veiculação do conteúdo. Os pais ou responsáveis dos jovens também podem ser incluídos nas investigações e responder judicialmente.

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