Bebê de 1 ano é morto por pitbull enquanto dormia no litoral de SP

Uma tragédia chocou a cidade de Itanhaém, no litoral de São Paulo. Um bebê de apenas um ano morreu após ser atacado pelo pit bull da família, que estava com eles há cerca de sete anos e, segundo os pais, nunca havia apresentado comportamento agressivo. O caso foi registrado como morte acidental na Polícia Civil.

O ataque repentino e a morte do animal

Segundo o depoimento do pai à polícia, o ataque aconteceu de forma repentina, logo depois que a avó da criança abriu a porta do quarto onde o bebê dormia. O cão, sem qualquer aviso, mordeu a nuca da criança. Para tentar conter o ataque e salvar o filho, o pai de 25 anos usou um martelo que estava por perto e golpeou a cabeça do animal.

O bebê foi rapidamente socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Infantil de Itanhaém e, devido à gravidade dos ferimentos, transferido para o Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande. Apesar dos esforços das equipes médicas, a criança não resistiu e morreu horas depois de ser internada.

O pai do bebê afirmou que o pit bull convivia com a família havia aproximadamente sete anos e nunca havia apresentado sinais de agressividade contra pessoas. Ele disse ainda que o ataque aconteceu de forma súbita e “totalmente inesperada”. O jovem contou também que, após o incidente, o animal deixou fezes e urina espalhadas pela casa e foi encontrado morto quando os familiares voltaram ao imóvel.

O caso levanta um debate sobre a raça pit bull, frequentemente associada à violência. No entanto, em entrevista ao g1, a médica veterinária Thalita De Noffri Lapa Louza ressaltou que a agressividade não é uma característica inerente à raça, mas sim resultado da criação e do manejo do animal. Ela explicou que, apesar de ser um cão de força e lealdade, o pit bull pode ser dócil se for criado com disciplina, limites e, principalmente, carinho. “É claro que a gente tem que ser enérgico em muitos momentos, mas não pode usar de violência para educar o cachorro porque usando a violência, a gente sabe que ele vai responder com violência também, com ataque”, disse.

Segundo a especialista, é fundamental socializar o animal desde filhote, especialmente em lares com crianças. Ela destacou que é preciso apresentar o bebê ao cão para que ele se acostume e se torne um zelador da criança. A veterinária reforçou que a violência nunca deve ser usada na educação do animal, pois ele responderá com violência. Em casos de cães que apresentam comportamento agressivo desde filhotes, ela recomenda o adestramento profissional para evitar acidentes.

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