'Cortei por cortar', diz homem que mutilou patas de cavalo no interior de São Paulo

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Um homem de 21 anos, identificado como Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, confessou ter mutilado um cavalo durante uma cavalgada em Bananal, interior de São Paulo, no último sábado (16). Em entrevista à TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo, ele descreveu o episódio como um impulso: “Foi um ato de transtorno. Em um momento embriagado, transtornado, eu peguei e cortei por cortar. Foi um ato cruel”. Andrey, que trabalha com animais e possui o apelido de boiadeiro, disse ainda não se considerar um monstro, apesar das críticas recebidas nas redes sociais.
O caso ocorreu durante uma cavalgada de aproximadamente 14 km, quando, segundo uma testemunha ouvida pela polícia, o cavalo branco teria se cansado, deitado no chão e apresentado respiração fraca até parar de respirar. Andrey afirmou que a mutilação aconteceu somente após a morte do animal: “Muitas pessoas falaram que eu cortei as quatro e com ele andando. Isso é uma crítica contra mim. Estão me acusando de um ato que eu não fiz. Muitas pessoas estão me julgando e falando que eu sou um monstro. Eu não sou um monstro. Eu sou nascido e criado no ramo de cavalo, mexo com boi, tenho o apelido de boiadeiro”. A Polícia Civil, entretanto, investiga a versão, pois há suspeitas de que o ato possa ter ocorrido antes da morte do cavalo.
Andrey criticou a exposição do caso nas redes sociais e disse que não havia necessidade de divulgar as imagens do animal mutilado: “Eu sou consciente dos meus atos. Eu amo os animais, sempre mexi com cavalo. Não tinha necessidade de a pessoa ter jogado isso na rede. Muitas pessoas não mereciam ver esse ato”. O episódio gerou grande repercussão, sendo comentado por diversos famosos, como a cantora Ana Castela, e provocou ameaças e críticas diretas ao jovem.
Apesar das acusações e do impacto público, Andrey declarou arrependimento e reafirmou seu amor pelos animais: “Estou totalmente arrependido. Fico cada vez mais arrependido. Escuto muito as músicas da Ana Castela. O Gustavo Tubarão. Só gente que eu gosto. Me sinto arrependido dessa crueldade que eu fiz”. A legislação brasileira prevê pena de 3 meses a 1 ano de detenção para maus-tratos contra animais domésticos, silvestres, nativos ou exóticos, incluindo condutas como mutilação, ferimentos e abandono.



