Embrião congelado: Bebê nasce 30 anos depois da irmã 'gêmea'; entenda o caso
Contigo!

Uma reportagem do Fantástico surpreendeu a internet no último domingo, 16/11. O programa contou a história de Thaddeus, um bebê de quatro meses que nasceu do embrião mais velho do mundo, permanecendo congelado por 31 anos.
A fertilização in vitro que originou Thaddeus aconteceu em 1994, estabelecendo um novo recorde para a ciência. Lindsey e Tim, pais adotivos, tinham apenas 5 e 3 anos de idade. “Tenho uma amiga que fez 31 anos e questionou: ‘Peraí, quem é mais velho? Eu ou o seu bebê?'”, brincou Lindsey.
Linda, moradora de Portland, Oregon, nos Estados Unidos, é a mãe biológica de Thaddeus. Segundo a matéria, o neném e sua irmã biológica, Amanda, concebida há 30 anos, resultaram de um tratamento de fertilização realizado por Linda e seu ex-marido.
Apesar de Linda desejar ter mais filhos, o casal se divorciou. Com o fim do casamento, ela obteve a guarda dos embriões e optou por doá-los. Essa doação, contudo, ocorreu sob a condição de uma “adoção aberta”, que permitia a Linda ter contato com os pais adotivos. “Queria saber onde estariam, conhecer a família e vê-los crescer“, justificou ela.
Idade do embrião
Lindsey e Tim afirmaram que a “idade” do embrião” não foi uma preocupação. “Nós realmente acreditamos que todo embrião deve ter uma chance de viver, então dissemos ‘sim’ pros embriões de 30 anos”, disse Tim, que ainda falou que a “ficha só caiu” sobre o recorde quando a imprensa os procurou.
Vale ressaltar que, por três décadas, o embrião de Thaddeus permaneceu armazenado em um tanque de nitrogênio líquido, a uma temperatura próxima de $200$ graus negativos. Segundo a embriologista Sarah Coe Atkinson, responsável por preparar o embrião, ele estava “novo em folha”. Ela afirmou que “os embriões ficam congelados no tempo, não envelhecem nem um dia sequer. O nitrogênio é tão gelado que é coisa de ficção científica”.
Contudo, o procedimento para o seu uso exigiu cuidados especiais. A tecnologia de fertilização evoluiu significativamente desde então, e a técnica de congelamento dos anos 1990 era gradual, um método que podia gerar cristais de gelo capazes de danificar as células durante o descongelamento. Para reativar as células com segurança, Sarah utilizou uma técnica de banho de água a $35$ graus Celsius. Após uma semana de cultivo, o embrião estava pronto. O implante em Lindsey levou apenas $10$ minutos, e a confirmação da gravidez veio duas semanas depois.
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