Escândalo no Miss Universo: Raúl Rocha é acusado de crimes graves
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Raúl Rocha, presidente e coproprietário da Organização Miss Universo, está no centro de uma investigação criminal de grande repercussão no México. Segundo o jornal Reforma, o empresário foi indiciado pela Procuradoria-Geral da República do México por suposto envolvimento em tráfico de drogas, contrabando de armas e comércio ilegal de combustível entre a Guatemala e o México.
O caso ganha ainda mais destaque por coincidir com a recente coroação da Miss Universo 2025, uma cerimônia já cercada de polêmicas e debates sobre a organização do concurso.
De acordo com as autoridades mexicanas, Rocha não atua apenas como empresário do mundo do entretenimento. Ele também ocupa o cargo de cônsul da Guatemala no México e, segundo investigações, seria o líder de uma organização criminosa especializada em contrabando de hidrocarbonetos. O grupo, conforme apontado, transportaria combustível por barcos ao longo do rio Usumacinta e, posteriormente, em caminhões até o estado de Querétaro, no centro do México.
As acusações contra Rocha não param por aí. No dia 6 de agosto, Yazmín Mayoral Marín, agente da Procuradoria Especializada em Crime Organizado do México, solicitou um mandado de prisão alegando que ele estaria envolvido com “tráfico de drogas e armas de fogo”, caracterizando crime organizado.
Durante as investigações, a polícia realizou buscas em várias residências ligadas ao empresário. Em uma das propriedades, teriam sido encontrados registros de transferências financeiras feitas por Rocha para a suposta organização criminosa, incluindo pagamentos que somariam mais de dois milhões de pesos.
O mandado de prisão detalha que membros do grupo teriam “conexões com políticos e autoridades nos três níveis de governo para executar deliberadamente sua missão, que inclui a venda de hidrocarbonetos, narcóticos e o tráfico e venda de grandes quantidades de armas de guerra”. A acusação sugere que essas conexões permitiriam que o grupo operasse com relativa impunidade, dificultando a atuação da justiça.
Em um movimento recente, ainda segundo o jornal Reforma, Rocha teria tentado negociar um acordo de delação premiada em outubro. A proposta, segundo as informações, incluiria fornecer informações detalhadas sobre a organização em troca de imunidade processual. Até o momento, não há confirmação de que o acordo tenha sido aceito pelas autoridades mexicanas.
Especialistas em direito e segurança pública afirmam que casos como este, envolvendo figuras de alto perfil e vínculos políticos, representam desafios significativos para a justiça mexicana, pois exigem investigação detalhada e coordenação entre diversas agências.
O caso também trouxe repercussão internacional, dada a visibilidade do Miss Universo. Analistas do setor de entretenimento e mídia destacam que o escândalo pode afetar a imagem do concurso, até então associado a glamour e entretenimento, ao ser vinculado a alegações graves de crime organizado.
Com a investigação em andamento, o futuro de Raúl Rocha, tanto como empresário quanto como diplomata, permanece incerto. Autoridades mexicanas afirmam que continuarão monitorando de perto a situação e que novas informações podem surgir à medida que o caso se desenrola.
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