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Harvard, USP e PUC-Rio negam diplomas do empresário que matou gari em BH
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Harvard, USP e PUC-Rio negam diplomas do empresário que matou gari em BH

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Contigo!
19/08/2025 20h40
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O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, que é preso acusado de assassinar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44, se apresentava como um profissional altamente qualificado, com passagens acadêmicas por algumas das universidades mais prestigiadas do Brasil e do exterior. No entanto, uma série de instituições consultadas negou qualquer vínculo com o executivo, desmontando o currículo que ele exibia em seu perfil no LinkedIn.

Provas do ocorrido

Na rede profissional, que foi desligado após sua prisão, Renê afirma ter realizado especializações em Harvard, USP, PUC-Rio, ESPM , além de cursos na FGV, Estácio de Sá e Ibmec . Ele também se apresentou como diretor de negócios da Fictor Alimentos Ltda., função que exerceu havia apenas duas semanas antes de ser desligado em razão do crime.

No caso de Harvard, Renê afirmava ter concluído o curso de gerenciamento de mentor, programa focado no desenvolvimento de lideranças e gestão. No entanto, a universidade norte-americana desmentiu a informação e afirmou, em nota, que “não há registo de nenhum indivíduo com esse nome e data de nascimento que tenha se formado em Harvard ”.

Faculdades nacionais

Na USP, o empresário sustentou ter concluído um mestrado em agronomia pela Esalq, em Piracicaba. A instituição confirmou que não encontrou o nome dele entre os trabalhos de conclusão da escola. Segundo a universidade, Renê fez apenas um curso de especialização em bens de varejo e consumo em 2020, mas “sem vínculo à Escola de Agricultura”, contrariando o que ele divulgou.

A PUC-Rio também negou categoricamente. Em nota, declarou que o acusado “nunca fez nenhum curso, graduação ou pós-graduação ” na universidade. Já a ESPM reforçou que Renênão possui histórico acadêmico na instituição ”.

Outras três universidades, FGV , Ibmec e Estácio de Sá, informaram que não conseguiram confirmar ou negar o vínculo alegado, alegando políticas internas que impedem a divulgação de dados de ex-alunos.

Além das supostas formações, Renê listou passagens profissionais por grandes empresas como Red Bull, BRF, Ambev, Kraft Heinz, J. Macêdo e Ypê, sempre exaltando um perfil de liderança. Em sua descrição, afirmava possuir “ 27 anos de experiência ” no mercado, se apresentou como “CEO ” e dizia ter um “ histórico comprovado de gerar crescimento exponencial e transformações organizacionais complexas ”.

No Instagram, onde reuniu mais de 28 mil seguidores antes de uma página ser desativada, Renê cultivou uma imagem mais pessoal. Em sua biografia, se define como “cristão, esposo, pai e patriota ”, compartilhando registros de sua rotina em família.

O crime

Renê é acusado de atirar contra o gari Laudemir após uma discussão de trânsito em Contagem (MG). Segundo a Polícia Militar, o empresário se irritou com o caminhão de coleta de lixo que ocupava a via e teria ameaçado “ atirar na cara ” do motorista. Diante da ameaça, Laudemir e colegas entrevistaram. Nesse momento, Renê sacou a arma, uma pistola calibre .380 registrada em nome de sua esposa, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, e disparou contra o peito da vítima.

O gari chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Santa Rita, mas não resistiu. O empresário fugiu e foi localizado horas depois em uma academia de alto padrão, no bairro Estoril, em Belo Horizonte.

A Polícia Civil informou que Renê será indiciado por homicídio qualificado, com dois agravantes: motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Leia também: CHOCANTE! Empresário confessa ter usado arma da esposa para matar gari em Belo Horizonte

Leia a matéria original aqui.

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