Homem mais alto do Brasil fala sobre risco de amputar a segunda perna; veja

Contigo!








Joelison Fernandes da Silva, conhecido em todo o país como Ninão, o homem mais alto do Brasil, vive um dos momentos mais delicados de sua trajetória. Aos 38 anos, o paraibano de 2,37 metros já havia passado pela amputação da perna direita em 2021 e agora luta contra uma nova infecção que ameaça sua perna esquerda.
Diagnosticado ainda na adolescência com gigantismo, resultado de um tumor benigno na hipófise, glândula que regula a produção de hormônios, Ninão sempre chamou atenção pela altura fora do comum. Oficialmente reconhecido como o brasileiro mais alto, ele chegou a ser o quarto homem mais alto do mundo. Mas, por trás da fama, sua vida tem sido marcada por desafios de saúde constantes.
Indo mais a fundo no caso
O Domingo Espetacular voltou a Assunção, no interior da Paraíba, para acompanhar a rotina do gigante. Deitado na maior parte do tempo devido às dores intensas, Ninão conto que teme enfrentar novamente a realidade da amputação. “Quando eu boto [a perna] para baixo, fica tipo latejando no osso”, descreveu.
Em 2021, ao perder a perna direita por causa da osteomielite, uma infecção óssea causada por bactérias, ele chegou a viver cinco anos em cadeira de rodas antes da cirurgia. Apesar do impacto inicial, Ninão afirma que a prótese lhe devolverá liberdade. “Comecei a andar e ganhei independência. Foi bom demais, eu estava preso e ganhei a liberdade de novo”, lembrou.
Situação atual
Agora, a ameaça se repete. Uma infecção agravada pelo diagnóstico recente de diabetes pode obrigá-lo a uma nova amputação. O tratamento convencional exige meses de antibióticos e até cirurgias seriadas. Uma alternativa, segundo os médicos, seria o uso de ozonioterapia, mas o procedimento custa entre R$ 10 mil e R$ 12 mil, um valor inviável para Ninão, que vive com um salário mínimo.
Apesar da luta, ele coleciona histórias de superação. Chegou a representar o Brasil na seleção de vôlei sentado, conquistando medalha de bronze no Mundial de 2022, na Bósnia. Fora das quadras, encontra força principalmente na família. “Mesmo doente, eu levanto ele, tiro ele da cadeira e coloco na cama”, disse dona Divanilda, mãe de Ninão, emocionada.
Entre dor, fé e esperança, Joelison segue como símbolo de resistência. Amigos, familiares e moradores de sua cidade se mobilizam para ajudá-lo a enfrentar mais esse desafio. “Vai passar. Já teve pior. Agora dá para lutar”, declarou, demonstrando mais uma vez o coração gigante que o tornou querido por todos.
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