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Homens e de 14 a 55 anos: Veja o que se sabe sobre o perfil dos mortos na operação no Rio
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Homens e de 14 a 55 anos: Veja o que se sabe sobre o perfil dos mortos na operação no Rio

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Contigo!
04/11/2025 22h29
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou um perfil detalhado com as imagens e informações de 115 das 117 pessoas mortas na megaoperação Contenção, realizada no último dia 28 nos Complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A análise dos dados revela um panorama complexo sobre os integrantes do crime organizado que atuavam no que as autoridades chamam de “quartel-general” do Comando Vermelho (CV). A seguir, estão os principais pontos levantados pelo levantamento da Polícia Civil e do jornal Folha de S.Paulo:

Dados demográficos e identificação

O perfil dos mortos é quase totalmente masculino, com 100% dos corpos identificados sendo homens. A idade média dos indivíduos era de 28 anos. O mais novo entre os mortos tinha apenas 14 anos, e o mais velho, 55 anos. A polícia informou que o adolescente de 14 anos era investigado por “ato análogo a estupro”. Havia ainda mais um menor de idade, de 17 anos, entre as vítimas.

Um dado social que chamou a atenção foi a ausência do nome do pai nos documentos de identificação. Dos 115 identificados, 36 deles (32%) só tinham registrado o nome da mãe em suas identidades.

Vínculo com o Comando Vermelho e histórico criminal

A polícia utilizou os dados para reforçar a tese de que a operação mirava o núcleo duro da facção. A investigação aponta que mais de 95% dos identificados tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho.

O histórico criminal era igualmente relevante. A Polícia Civil declarou que 97 deles “apresentavam históricos criminais relevantes”. Dentre este grupo, 59 tinham mandados de prisão pendentes de cumprimento.

Apesar de 17 dos mortos “não apresentarem histórico criminal” formal, a polícia alega que 12 deles teriam sua participação no tráfico demonstrada por meio de investigações posteriores, incluindo análise de redes sociais. O secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, minimizou a falta de anotação criminal de parte do grupo, declarando:

“Essa mínima fração de narcoterroristas neutralizados que não possuíam anotações criminais (…) não significa nada. Se eles não tivessem reagido à abordagem dos policiais, teriam sido presos em flagrante.”

Origem de fora do Rio

Um dos dados mais expressivos é a origem dos indivíduos. Do total de mortos, 54% eram de fora do Rio de Janeiro, totalizando 62 criminosos oriundos de outros estados. A lista inclui 19 do Pará, 12 da Bahia, nove do Amazonas, nove de Goiás, quatro do Ceará, três do Espírito Santo, dois da Paraíba, um do Maranhão, um de São Paulo e um do Distrito Federal. A presença maciça de integrantes de fora corrobora a informação de que os complexos funcionavam como um centro de treinamento e coordenação nacional do CV.

Ao final, a Polícia Civil informou que apenas dois laudos resultaram em perícias inconclusivas, impossibilitando a identificação dos corpos.

 

Leia a matéria original aqui.

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