Influenciador preso grava vídeo dentro da cela e posta nas redes

O influenciador Maumau ZK, conhecido nas redes sociais, gravou um vídeo dentro da cela onde estava detido no último sábado (9/08), em uma delegacia de Guarulhos, São Paulo. No vídeo, ele aparece afirmando que iria tomar uma ducha e “esperar o alvará” de soltura. Maumau foi preso em flagrante durante a operação Desfortuna, realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, após uma arma com numeração suprimida ser encontrada em sua casa, sem que ele possuísse porte legal para o armamento.

Durante a gravação, o influenciador fez uma breve oração junto a outros detentos: “Vou fazer uma oração aqui com meus amigos de cela, e todo mundo sair dessa”. Momentos depois, comemorou a notícia de que seria liberado: “Tô indo embora. Vou aqui tomar minha duchinha e esperar o alvará. Porque um homem de Deus não vai ficar preso. Porque eu não sou ladrão, não sou bandido. Maumau é do povo, Maumau é Brasil”. Ele foi solto no mesmo dia, após audiência de custódia, mediante pagamento de fiança no valor de cem salários mínimos, equivalente a R$ 151.800.

Mesmo com a divulgação do vídeo em seu perfil no Instagram, a defesa de Maumau esclareceu que ele não teve acesso a um celular durante a detenção e que as imagens foram feitas por terceiros. O advogado Ademilson Alves de Brito explicou: “O celular dele está apreendido. Queremos deixar claro que ele sempre respeitou a Justiça e não zombou dela, mas sim agradeceu a Deus e ao poder judiciário pela liberdade”. Posteriormente, o vídeo foi removido das redes do influenciador.

Além disso, Maumau enfrenta acusações relacionadas a uma operação que investiga a promoção ilegal de jogos de azar online, com suspeitas de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Ele negou envolvimento direto, afirmando que possui apenas contratos publicitários com casas de apostas. Sobre a arma encontrada, declarou que “nunca foi usada, que a entregou aos policiais assim que foi perguntado sobre isso” e que recebeu o armamento como presente após uma ação publicitária em um estande de tiro, sem ter avaliado a situação legal do objeto.