Jovem já estava condenado? Entenda o caso do rapaz morto por leoa
Contigo!

A morte chocante de Gerson de Melo Machado, 19 anos, ao invadir a jaula de uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, a Bica, em João Pessoa (PB), neste domingo, 30/11, se tornou símbolo da negligência com a saúde mental no Brasil. O ataque, capturado em vídeos que viralizaram, expôs em tempo real uma tragédia.
Conhecido como Vaqueirinho, o jovem tinha um histórico familiar complexo, incluindo uma mãe diagnosticada com esquizofrenia. Ele já apresentava sinais da doença, mas, ao contrário dos irmãos, não foi adotado.
Com isso, ele começou a fazer pequenos delitos, como furto e agressão à polícia, muitas vezes sob a suspeita de manipulação. Em cada passagem pelo sistema prisional, Gerson era rapidamente liberado, com o argumento de que o caso era de saúde mental, não de segurança pública.
Sonho de ser domador de leões virou tragédia
Segundo relatos, o sonho dele era ser domador de leões, uma obsessão que o levou a tentar entrar de forma clandestina em um avião rumo à África. Segundo o Último Segundo, do IG, a escalada até o recinto da leoa, que culminou em sua morte, não foi um ato isolado.
Poucos dias antes da invasão a jaula, o diretor de uma penitenciária onde Gerson esteve, Edmilson Alves, havia publicado um vídeo alertando sobre a delicadeza do caso, citando surtos e a necessidade constante de medicação e internação.
E não para por aí! A conselheira Verônica Oliveira, que o acompanhou desde a infância, disse ao Splash, do Uol, que Gerson precisava de um “acompanhamento de saúde mental digno”. Em seguida, no relato, ela criticou a forma que o poder público lidou com o caso dele, o condenando ao desfecho trágico: “Todo o poder público falhou com ele”, sentenciou a profissional.
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