Pai e filhos são presos por matarem irmãs idosas por causa de instalação de poste

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Um crime brutal ocorrido em Campos Novos, no Meio-Oeste de Santa Catarina, chocou a população local e ganhou destaque nacional. Duas irmãs idosas, Vera Beatriz Lopes, de 72 anos, e Vilma Albertina Andrade Lopes, de 71, foram mortas a tiros na tarde de sexta-feira, 27 de junho, após um desentendimento sobre a instalação de um poste de energia elétrica. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos — um homem de 73 anos e seus dois filhos, de 42 e 34 — chegaram ao local armados e dispararam contra as vítimas, mesmo após o impasse parecer resolvido. Um funcionário da Celesc, que prestava esclarecimentos técnicos, também foi baleado na perna, mas sobreviveu.
Testemunhas relataram que os suspeitos haviam deixado o local após a discussão, mas retornaram pouco depois em um carro e abriram fogo. A área em questão era uma propriedade das irmãs, que contestaram a colocação do poste no terreno. Um técnico da Celesc havia convencido as idosas de que a instalação naquele ponto era tecnicamente adequada, e elas já teriam concordado com o posicionamento da estrutura quando foram surpreendidas pelos disparos. O instalador foi levado ao Hospital Doutor José Athanásio, onde passou por atendimento e teve alta dois dias depois.
Além dos assassinatos, os criminosos também atiraram contra uma locatária da residência das irmãs e seus dois filhos, que estavam no local. Por sorte, nenhum dos três foi atingido. A Celesc, responsável pela obra que gerou o desentendimento, informou que os serviços estavam sendo executados por uma empreiteira contratada pelos próprios suspeitos, e que deslocou seu funcionário ao local apenas após solicitação das vítimas. Em nota, a empresa prestou solidariedade às famílias e reforçou seu compromisso com a segurança dos profissionais e da população.
Três dias após o crime, os suspeitos se apresentaram espontaneamente à delegacia, acompanhados de um advogado. Eles permaneceram em silêncio durante o interrogatório e foram levados à Unidade Prisional Avançada de Campos Novos. Segundo a polícia, os envolvidos não tinham antecedentes criminais, mas desavenças antigas por conta dos terrenos já vinham sendo registradas. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias.
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