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Paulo Cupertino é condenado por matar ator Rafael Miguel e família
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Paulo Cupertino é condenado por matar ator Rafael Miguel e família

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30/05/2025 23h57
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O empresário Paulo CupertinoMatias foi condenado a 98 anos de prisão pelo assassinato do ator Rafael Miguel e de seus pais, João Alcisio e Miriam Selma, em um crime que chocou o país em 2019. Após quase três anos foragido, ele foi capturado em 2022 e agora enfrentou o júri popular, que o considerou culpado por triplo homicídio qualificado, praticado por motivo torpe e de forma a impossibilitar qualquer chance de defesa das vítimas. O julgamento ocorreu no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, e durou dois dias, com longas sessões que reuniram testemunhas, familiares e os três réus envolvidos no processo.

Durante o julgamento, o juiz Antonio Carlos Pontes de Souza ressaltou a crueldade do crime, observando que os assassinatos foram cometidos com “extrema violência” e causaram sofrimento não apenas à família das vítimas, mas também à própria filha de Cupertino, que presenciou parte do ocorrido. A jovem Isabela Tibcherani, então com 18 anos, declarou que seu pai não aceitava seu relacionamento com Rafael. Segundo ela, quando a família foi deixá-la em casa naquele dia, Cupertino os recepcionou com hostilidade e, pouco depois, ela ouviu os disparos: sete tiros em Rafael, três em seu pai e dois em sua mãe.

Apesar da contundência dos relatos e das provas técnicas, como a compatibilidade dos cartuchos encontrados com a arma registrada em nome de Cupertino, o empresário negou os crimes. Em um depoimento desconexo, tentou transferir a culpa para um suposto “vagabundo” que teria surgido no local, sem apresentar nenhuma prova concreta. “Eu fui covarde porque podia ter evitado. (...) Simplesmente desviei o olho, saí andando”, disse, em um discurso marcado por contradições.

A promotoria, representada por Thiago Alcocer Marin, foi incisiva ao acusar Cupertino de mentir e usar o tribunal como palco. “Nunca peguei um processo com tanta prova de autoria”, afirmou, destacando que não houve roubo, motivação de terceiros ou qualquer dúvida lógica sobre quem cometeu o crime. “Se tem rabo de gato, pelo de gato, orelha de gato e mia, é um gato”, ironizou, reforçando que Cupertino era o único com motivação e oportunidade.

A defesa, por sua vez, alegou falta de provas diretas e denunciou o que chamou de “caça às bruxas”, além de questionar a condução do processo. Ainda assim, a decisão foi unânime entre os jurados. Isabela, filha do réu, afirmou em entrevista que torceu para que o pai fosse preso e revelou sofrer de transtornos emocionais graves desde o crime. “As pessoas não sabem a dor que é revisitar o momento mais traumático da minha vida”, lamentou.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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