Polícia aponta dois envolvidos na morte de cabeleireiro na zona oeste de SP
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O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ampliou as frentes de investigação e identificou dois homens como principais suspeitos de envolvimento na morte do cabeleireiro José Roberto Silveira, encontrado morto dentro de sua residência em Alto de Pinheiros, bairro de classe média alta na zona oeste de São Paulo, no sábado, 22. Após reunir indícios considerados relevantes, o órgão solicitou à Justiça a prisão temporária dos investigados, que agora são procurados.
A apuração ganhou novos rumos depois de a polícia descartar um homem que havia confessado o crime na quarta-feira, 26. A suposta confissão, inicialmente tratada como um possível avanço, foi rapidamente invalidada: segundo a polícia, o suspeito apresentou uma série de contradições, incluindo informações incompatíveis com laudos e testemunhos já colhidos no inquérito. Com isso, voltou-se a atenção para outras linhas investigativas e para o cruzamento de dados obtidos desde os primeiros momentos da apuração.
Segundo o DHPP, equipes continuam nas ruas, realizando diligências para localizar os dois suspeitos identificados. A motivação do crime ainda não está esclarecida. A polícia trabalha com diversas possibilidades, que vão desde um possível latrocínio até hipóteses relacionadas à vida pessoal e profissional da vítima. Nenhuma delas, porém, foi descartada.
O caso: a morte de um profissional conhecido no bairro
José Roberto Silveira, de 59 anos, era conhecido na região por comandar, desde o início dos anos 2000, um salão de beleza instalado no térreo do sobrado onde morava com a mãe, de 98 anos. Sua presença no bairro era constante e ele mantinha uma clientela fiel. Por isso, a notícia de sua morte causou forte comoção entre vizinhos e frequentadores do salão.
Ele foi encontrado morto dentro de casa no dia 22 de novembro. O corpo estava com os punhos e as pernas amarrados, amordaçado com uma toalha e apresentava diversos hematomas, principalmente nos braços, nos ombros e na região do nariz. A cena indicava que José Roberto havia sido submetido a violência física, e a forma como foi deixado no interior da residência levantou suspeitas de que ele poderia ter sido dominado por mais de uma pessoa.
O caso, registrado como homicídio, é conduzido inicialmente pelo 14º Distrito Policial de Pinheiros, que rapidamente solicitou apoio do DHPP pela complexidade e pela necessidade de aprofundamento técnico nas investigações.
Paralelamente, foram solicitados exames periciais detalhados, tanto no corpo da vítima quanto no interior da casa. As análises incluem testes laboratoriais, avaliação de impressões digitais, coleta de vestígios biológicos e reconstrução forense da provável dinâmica da agressão.
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