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Supermercado e funcionários são condenados por tortura em cliente acusada de roubar produtos
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Supermercado e funcionários são condenados por tortura em cliente acusada de roubar produtos

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05/06/2025 20h28
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©Foto: Jacqueline Debora
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Em uma decisão recente da Justiça maranhense, o caso envolvendo Jacqueline Debora Costa de Oliveira, que denunciou ter sido torturada dentro de uma sala no supermercado Mix Mateus do Araçagy, em São Luís, teve novos desdobramentos. O episódio ocorreu em 20 de julho de 2021, quando Jacqueline, segundo seu relato, foi abordada de forma violenta sob suspeita de furto. Ela nega ter cometido qualquer crime e afirma que sofreu agressões físicas e verbais por parte de três funcionários da loja. A denúncia ganhou repercussão por envolver uma suposta sessão de tortura dentro do próprio estabelecimento.

Na esfera criminal, os três acusados – Diego Costa Diniz (gerente), Edmara Efigênia da Silvae Silva (funcionária do setor de prevenção) e Edmilson Santos Pereira Júnior (vigilante) – foram condenados a três anos de prisão em regime aberto. O inquérito da Polícia Civil aponta que Jacqueline foi mantida trancada por cerca de uma hora, onde foi agredida com pedaços de madeira e submetida a humilhações. “A vítima permaneceu sob guarda dos denunciados (...) tempo em que foi agredida com um objeto de madeira, apanhando ripadas nos braços e pernas, além de palmatória”, destacou o relatório policial.

No processo cível, a rede Mateus Supermercados foi condenada a pagar uma indenização de R$ 3 mil pelos danos causados. Apesar da sentença, Jacqueline afirmou que vai recorrer, considerando a punição branda diante da violência que sofreu. “Não teve justiça nenhuma. Até mesmo porque apanhei. Fui injustamente humilhada e o dinheiro que querem dar não dá nem pra pagar os honorários do advogado”, declarou. Segundo ela, tudo começou quando esqueceu o cartão e decidiu sair do supermercado sem fazer compras. Ao tentar deixar o local, foi agarrada por um segurança e levada à força para a sala de segurança.

Durante o tempo em que esteve confinada, Jacqueline alega que os funcionários a acusaram de integrar uma quadrilha e tentaram forçar uma confissão. “Disseram ainda que era pra eu ‘entregar as pessoas’, me mostraram fotos de mulheres que eu nunca vi na vida. Eu ainda destravei o celular, mas mesmo assim fui muito agredida”, contou. As câmeras do local teriam sido desligadas, e as agressões só cessaram quando um policial à paisana chegou ao local e questionou o procedimento adotado pelos funcionários.

Em resposta aos questionamentos do g1, o Mateus Supermercados optou por não se pronunciar. Segundo a empresa, uma sindicância interna havia sido aberta na época para apurar os fatos, destacando que as ações relatadas não condizem com os valores e normas da organização. As defesas dos três condenados alegaram que a abordagem foi legítima e citaram um suposto histórico da vítima como justificativa, o que foi rejeitado por Jacqueline e seus representantes legais.

Leia também: Esposa de MC Poze acusa policiais de roubo e abuso durante operação no RJ: 'Achou o ouro'

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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