Vigarista? Harvard nega registro de diploma do empresário suspeito de matar gari
Contigo!

A Harvard Business School declarou, nesta quinta-feira (14), que não há registro de que o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos, tenha estudado ou obtido diploma na instituição norte-americana. A declaração foi enviada ao portal Metrópoles após a repercussão do caso que envolve Renê, suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, 44 anos, durante uma discussão de trânsito em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Declaração Oficial
“Não temos registro de Rene da Silva Nogueira Júnior tendo frequentado ou recebido diploma da Harvard Business School”, afirmou a universidade em nota.
Antes de ser desativado, o perfil de Renê no LinkedIn indicava que ele havia concluído o curso “Harvard Managementor”, um programa de capacitação voltado ao desenvolvimento de liderança e gestão corporativa. Na página, também constava a informação de que ele possuía diploma da renomada instituição, algo agora oficialmente negado.
Sobre o crime
O crime ocorreu na última segunda-feira (11/8). De acordo com a Polícia Civil, Laudemir trabalhava na coleta de lixo quando houve o desentendimento. Testemunhas relataram que o empresário passou com seu carro elétrico e pediu que o caminhão de coleta fosse retirado da via. A conversa evoluiu para uma discussão, e, segundo a investigação, Renê atirou contra o gari.
A vítima foi socorrida e levada a um hospital, mas não resistiu. A causa da morte foi hemorragia interna provocada por um projétil, que ficou alojado no corpo. O caso também trouxe à tona outras passagens da vida de Renê. De acordo com registros públicos, ele já respondeu a acusações de agressões contra mulheres e esteve envolvido em um atropelamento sem habilitação, que resultou em morte. A arma utilizada no crime e o veículo dirigidos por ele no dia do homicídio não estavam em seu nome.
Outro fato que chamou atenção é que Renê é casado com uma delegada que atua justamente na área de combate à violência doméstica. O episódio gerou indignação e debate nas redes sociais sobre impunidade e privilégios no sistema judicial brasileiro.
O inquérito segue em andamento, e a polícia trabalha para reunir provas que possam esclarecer todos os detalhes do crime e responsabilizar o suspeito.