Alcolumbre é aposta de Lula para frear anistia a Bolsonaro

Conversas pela aprovação de um projeto de lei de anistia que poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro têm avançado e, para impedir que a proposta se concretize, o governo Lula confia na articulação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Atualmente, o risco de aprovação do tema na Câmara dos Deputados preocupa, sendo o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), uma peça-chave nesse contexto, buscando apoio de lideranças da direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A estratégia do governo de Luiz Inácio Lula da Silva é confiar na posição do presidente do Senado, acreditando que reflete a opinião da maioria dos senadores. Mesmo que a anistia seja aprovada na Câmara, não há votos suficientes para sua aprovação no Senado. A oposição defende uma anistia ampla e irrestrita, algo que não conta com o apoio de Alcolumbre, que busca separar organizadores e financiadores dos participantes do ato do dia 8 de janeiro.

Recentemente, a articulação do grupo político de Jair Bolsonaro foi intensificada diante do julgamento do ex-presidente pelo STF e das negociações políticas visando 2026, incluindo um possível projeto presidencial de Tarcísio de Freitas. Dentro do PT, há uma avaliação constante do impacto das movimentações da direita no cenário político de 2026, sendo Tarcísio visto como um desafio significativo para o projeto de reeleição de Lula.

O governo enfrentou forte oposição quando o STF começou a julgar Bolsonaro e outros envolvidos na trama golpista, levando o Planalto a buscar apoio de aliados confiáveis para neutralizar o cenário político hostil. O líder do governo na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), expressou preocupações quanto à resistência do presidente da Casa às investidas da oposição e do Centrão, levando o Planalto a contar com o apoio de Davi Alcolumbre para lidar com possíveis desafios.

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