Alerta de terrorismo é elevado na França após ataque em Moscou

O governo da França elevou o alerta de terrorismo do país ao nível máximo em resposta ao ataque a tiros ocorrido em uma casa de shows em Moscou na sexta-feira passada. Reivindicado pelo Estado Islâmico, o incidente resultou na trágica morte de 137 pessoas e deixou outras 152 feridas.

A decisão de aumentar o nível de alerta foi anunciada pelo primeiro-ministro Gabriel Attal após uma reunião do Conselho de Defesa e Segurança Nacional, convocada pelo presidente Emmanuel Macron. "Dada a reivindicação de responsabilidade do Estado Islâmico pelo ataque e as ameaças que pairam sobre o nosso país, decidimos elevar o plano Vigipirate ao seu nível mais alto: ataque de emergência", declarou Attal em um post em uma rede social.

O plano Vigipirate é um instrumento permanente de vigilância e prevenção ao terrorismo utilizado na França. Esse sistema possui três níveis de alerta, sendo que em janeiro deste ano o nível estava reduzido para o patamar 2, que corresponde a segurança reforçada e risco de atentado.

O alerta máximo é ativado quando ocorre um ataque terrorista na França ou no exterior, que coloca o país em situação de ameaça. Medidas excepcionais são tomadas em resposta, incluindo o reforço do patrulhamento de locais públicos.

Até o momento desta segunda-feira, um total de 11 suspeitos foram presos pelas autoridades russas, incluindo os quatro atiradores. Em um discurso transmitido em rede nacional no sábado, o presidente russo Vladimir Putin informou que os suspeitos foram capturados enquanto tentavam fugir para a Ucrânia. As autoridades ucranianas negaram qualquer envolvimento no incidente.