Anexação da Cisjordânia "não vai acontecer", diz Trump sobre planos de Israel
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval que não vai autorizar que Israel anexe a Cisjordânia. Trump confirmou ter conversado com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reforçando a posição de não permitir a anexação da região.
"A expansão de Israel na Cisjordânia não será permitida", afirmou Trump. O presidente americano enfatizou sua postura, declarando que "chega, é hora de parar agora". As declarações foram feitas no momento em que Netanyahu estava chegando a Nova York para seu discurso na Assembleia Geral da ONU.
Netanyahu havia prometido aumentar os assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada, considerados ilegais pelo direito internacional e pela comunidade global. Em julho, o Parlamento de Israel aprovou uma medida solicitando a "aplicação da soberania israelense" na Cisjordânia, o que representaria a anexação do território palestino ocupado ilegalmente desde os anos 1960.
A anexação da Cisjordânia ocupada teria implicações significativas e inviabilizaria a criação do Estado da Palestina, reconhecida por líderes mundiais durante a reunião da ONU. Esta posição de Trump contrasta com o apoio de alguns países, incluindo dez nações nas últimas semanas, ao reconhecimento de um Estado palestino. O Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, também considera a ocupação da Cisjordânia como ilegal.
Durante a coletiva, Trump mencionou sua reunião prévia com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, onde reiterou que para encerrar o conflito em Gaza é necessário que o grupo extremista palestino Hamas liberte todos os reféns israelenses, tanto vivos quanto mortos, mantidos desde 7 de outubro de 2023, quando ocorreu um ataque a Israel.
Os desdobramentos dessa declaração de Trump e a postura de Netanyahu na Assembleia Geral da ONU podem trazer novos debates e tensões na região do Oriente Médio. A posição do presidente americano em relação à anexação de Israel na Cisjordânia reflete uma abordagem distinta da adotada por diversos atores internacionais, ampliando a complexidade do conflito entre Israel e Palestina.
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