Após nove meses de guerra, Israel segue intensificando ataques aéreos em Gaza

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Israel intensificou nesta quarta-feira (17) sua ofensiva aérea contra a Faixa de Gaza, em conformidade com declarações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu relativas ao aumento da pressão militar sobre o Hamas. As negociações indiretas para um cessar-fogo e a libertação de reféns continuam paralisadas.
De acordo com relatos de um líder palestino, os ataques israelenses estão resultando em "massacres" contra civis desarmados. No entanto, ele afirmou que há disposição para retomar as negociações se Israel demonstrar seriedade em concluir um acordo de cessar-fogo.
O Exército israelense informou que realizou 25 bombardeios em 24 horas, visando "estruturas militares, infraestrutura terrorista e células terroristas". Netanyahu reafirmou seu compromisso em destruir o Hamas e enfatizou que eles estão sob pressão.
Ontem, dois palestinos morreram em Rafah, no sul, durante os bombardeios israelenses, enquanto outras nove pessoas foram mortas por um ataque com drone na Cidade de Gaza, no norte. Na terça-feira, houve cinco bombardeios, incluindo um contra uma escola que abrigava deslocados no campo de Nuseirat, resultando em 57 mortes. O Exército israelense confirmou o ataque à escola da UNRWA (agência da ONU para refugiados palestinos) em Nuseirat.
O conflito já forçou 90% dos habitantes de Gaza a se deslocarem pelo menos uma vez desde o seu início, em 7 de outubro. Muitos encontraram refúgio em escolas administradas pela ONU, porém desde 6 de julho, sete dessas escolas-refúgio foram bombardeadas por Israel.
Os esforços internacionais liderados pelos Estados Unidos, Catar e Egito para chegar a um acordo de paz têm sido infrutíferos. O líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, culpou Israel pelo impasse, alegando que a ocupação evita chegar a um acordo para não acabar com a guerra.
Além disso, o governo israelense está enfrentando pressão interna, com manifestações de dezenas de milhares de pessoas nas ruas exigindo o retorno dos reféns e acusando Netanyahu de prolongar a guerra. Famílias de cinco mulheres militares cativas em Gaza também pediram ao premiê um acordo com o Hamas.



