Ativistas, incluindo Greta Thunberg e Thiago Ávila, são detidos por Marinha de Israel ao tentar levar ajuda humanitária para Gaza

A Marinha de Israel interceptou o barco Madleen, da Flotilha da Liberdade, que seguia em direção à Faixa de Gaza com suprimentos humanitários. Segundo informações da Al Jazeera, a embarcação foi levada para o porto de Ashdod e os 12 ativistas a bordo foram detidos. Entre os detidos estão a ativista ambiental sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, com o intuito de aumentar a conscientização sobre a crise humanitária na região.

Israel Katz, o ministro da Defesa israelense, afirmou que instruiu as Forças de Defesa de Israel a exibir vídeos aos ativistas que mostram os eventos ocorridos em 7 de outubro, visando dissuadi-los de continuar a rota em direção à Faixa de Gaza. A ação foi justificada como uma resposta à tentativa de "romper o cerco de Israel" ao território palestino, conforme afirmado pelos organizadores do projeto.

O Itamaraty manifestou sua preocupação com a situação e exigiu a libertação imediata dos detidos, reforçando o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais. Além disso, o governo brasileiro apelou para que Israel remova as restrições à entrada de ajuda humanitária na região, em conformidade com suas obrigações como potência ocupante, de acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores.

De acordo com a embaixada do Brasil, Thiago Ávila está em boas condições de saúde, conforme informado pelo governo de Israel. Há rumores sobre a possibilidade de emitir passagens aéreas para os tripulantes que concordarem em sair do território israelense. Enquanto isso, a Coalizão da Flotilha da Liberdade divulgou que advogados do grupo estão tentando estabelecer contato com as autoridades israelenses, porém, ainda não obtiveram resposta.