Bombeiros encontram possíveis restos de vítimas em Brumadinho

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Bombeiros que ainda trabalham nas áreas afetadas pelo desastre de Brumadinho fizeram uma nova descoberta. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (6), o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais afirmou que foram encontrados segmentos que podem pertencer às vítimas do colapso da barragem ocorrido há mais de seis anos. A perícia da Polícia Civil vai realizar as análises forenses para confirmar a identidade dos restos mortais encontrados.
O desastre de Brumadinho ocorreu em 25 de janeiro de 2019, quando a barragem de rejeitos da mina Córrego do Feijão, operada pela Vale S. A., sofreu um colapso catastrófico. Localizada a cerca de 9 quilômetros de Brumadinho, em Minas Gerais, a barragem liberou uma enxurrada de lama que devastou a sede da mina, uma cafeteria durante o horário de almoço, além de casas, fazendas, pousadas e estradas no caminho. Este incidente resultou na morte de 272 pessoas, tornando-se um dos piores desastres ambientais do Brasil.
Após o colapso, as equipes de resgate mobilizadas enfrentaram dificuldades devido à extensão e à complexidade do desastre. O terreno instável e a vasta área coberta por lama dificultaram as operações de busca, que continuaram por meses após o evento. As equipes de emergência, com o apoio de voluntários e especialistas internacionais, trabalharam na tentativa de localizar e identificar as todas as vítimas desaparecidas.
A busca por justiça para as vítimas do desastre de Brumadinho continua. Mesmo tendo sido firmados acordos de reparação de danos às famílias das vítimas e ao Estado de Minas Gerais, em janeiro de 2020 o Ministério Público de Minas Gerais, fundamentado nas conclusões do inquérito realizado pela Polícia Civil, apresentou acusações contra o então presidente da Vale, Fabio Schvartsman, junto com outros dez funcionários da mineradora e cinco da consultoria alemã TÜV Süd. Eles foram acusados de homicídio duplamente qualificado em relação a cada uma das 270 mortes provocadas pelo colapso da barragem em Brumadinho.
Mesmo tendo sido firmados acordos de reparação de danos às famílias das vítimas e ao Estado de Minas Gerais, em janeiro de 2020 o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), fundamentado nas conclusões do inquérito realizado pela Polícia Civil, apresentou acusações contra o então presidente da Vale, Fabio Schvartsman, junto com outros dez funcionários da mineradora e cinco da consultoria alemã TÜV Süd. Eles foram acusados de homicídio duplamente qualificado em relação a cada uma das 270 mortes provocadas pelo colapso da barragem em Brumadinho.
Porém, o andamento do processo foi interrompido devido a um debate sobre a jurisdição competente. O Superior Tribunal de Justiça concluiu que o caso não pertencia à jurisdição estadual e que o julgamento deveria ser transferido para a esfera federal, já que envolve um órgão federal, a violação da Política Nacional de Barragens e "possíveis danos a sítios arqueológicos, que são patrimônios da União". Em janeiro de 2023, a Justiça Federal aceitou a denúncia, como havia sido oferecida pelo MPMG.
A descoberta feita pelos bombeiros que ainda atuam na região, neste mês de fevereiro, de segmentos que podem ser de vítimas do desastre renova a esperança de famílias que ainda esperam por um encerramento e por respostas definitivas sobre o destino de seus entes queridos.
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