Cancelamentos da Netflix disparam nos EUA após apoio a Kamala Harris

O aumento significativo no número de cancelamentos de assinaturas da Netflix nos Estados Unidos chamou a atenção no mês de julho deste ano. A decisão do presidente e cofundador da plataforma de streaming, Reed Hastings, de apoiar financeiramente a campanha de Kamala Harris para as eleições americanas, que ocorrem em novembro, foi o ponto de virada que ocasionou a disparada de cancelamentos. Conforme divulgado pela agência de notícias Bloomberg, Hastings fez uma doação de US$ 7 milhões (cerca de R$ 38 milhões) para a candidata democrata.

A pesquisa realizada pela empresa de consultoria Antenna, e citada pela Bloomberg, revelou que a taxa de cancelamentos nos EUA quase triplicou em julho, atingindo 2,8% - o maior índice registrado desde fevereiro. Esse aumento expressivo pode ser atribuído a dois motivos principais. O primeiro deles é a decisão da Netflix de eliminar gradualmente o pacote básico, que não contém anúncios e era mais acessível. Contudo, o período de cinco dias após o anúncio de apoio de Hastings a Kamala Harris mostrou-se atípico, com um impacto considerável nos índices de cancelamento.

De acordo com a Bloomberg, o terceiro dia após o posicionamento público do presidente da Netflix foi marcado como o pior do ano para a plataforma de streaming, registrando o maior volume de cancelamentos de 2020. Questionada pela agência de notícias, a Netflix optou por não comentar sobre os números alarmantes e o suporte de Hastings à candidatura de Kamala Harris.

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