China busca alternativas à soja americana, impulsionando exportações brasileiras

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A China está buscando reduzir sua dependência da soja proveniente dos Estados Unidos, o que tem impulsionado as exportações brasileiras do grão. O Brasil já é o maior exportador de soja para a China, superando os Estados Unidos, que ocupam a segunda posição. A agência também destacou que o movimento comprador desta semana foi descrito como "excepcionalmente grande e rápido".
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou dados indicando que o Brasil já colheu 85% das lavouras de soja plantadas na safra 2024/25. Os números mais recentes, atualizados até 6 de abril, apontaram que 99,5% da colheita em Mato Grosso, principal produtor do país, já foi finalizada. Por outro lado, no Rio Grande do Sul, onde a colheita está acelerando, apenas 35% da produção foi colhida até o momento.
O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo) destacou em seu último relatório o aumento da demanda internacional pela soja brasileira. Esse crescimento foi observado no mercado spot no final de março, impulsionado pela valorização do dólar em relação ao real, o que torna a commodity mais competitiva no exterior. Além disso, a necessidade de caixa dos produtores para custear a próxima safra também influenciou o aumento das vendas internas de parte da soja 2024/25.
Segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior do governo federal, citadas pelo Cepea, o Brasil exportou 10,25 milhões de toneladas de soja até 21 de março, um aumento de 59,5% em relação a fevereiro. A média diária de exportações nesse período foi 25,2% superior à do mesmo mês do ano anterior. Já a Conab informou que, até 23 de março, 76,4% da área plantada com soja no Brasil havia sido colhida, um desempenho superior ao mesmo período de 2024 e à média dos últimos cinco anos, que era de 66,2%.
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