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Colheita de café em MG avança, mas preços elevados geram preocupação no mercado internacional
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Colheita de café em MG avança, mas preços elevados geram preocupação no mercado internacional

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ICARO Media Group TITAN
29/08/2025 14h10
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A cooperativa Cooxupé, localizada em Guaxupé, no sul de Minas Gerais, uma das regiões produtoras de café mais importantes do mundo, informou que a colheita de 2025 já atingiu 91,3% das lavouras de sua área de atuação, que abrange mais de 360 municípios em Minas Gerais e São Paulo e reúne mais de 21 mil famílias cooperadas. O resultado mostra um avanço consistente, mas abaixo do ritmo registrado em 2024, quando o índice era de 95,4% no mesmo período, e também ligeiramente menor que em 2023, que havia alcançado 92%.

Enquanto isso, o preço do café arábica no mercado físico segue elevado. A saca de 60 quilos encerrou o dia 28 de agosto em R$ 2.390,00, segundo dados da Minasul, de Varginha, em Minas Gerais. A valorização está relacionada a preocupações com o clima, especialmente as chuvas irregulares, relatos de safra abaixo do esperado e apreensão em relação à próxima colheita.

No mercado internacional, os impactos também são sentidos. De acordo com a Bloomberg, empresas americanas do setor, como a J.M. Smucker, vêm sofrendo com o aumento dos custos, já que os Estados Unidos elevaram as tarifas de importação de café brasileiro de 10% para 50% em julho de 2025. A companhia reportou queda no lucro e anunciou que realizará novos ajustes de preços no início do inverno no hemisfério Norte para compensar os custos adicionais.

A Keurig Dr Pepper, que recentemente anunciou a compra da JDE Peet’s em uma transação de US$ 18,3 bilhões, destacou que os efeitos das tarifas serão ainda mais evidentes no segundo semestre e já prepara estratégias para suavizar o impacto sobre os consumidores. Outra gigante, a Westrock Coffee, também confirmou que repassará os custos adicionais aos clientes.

Segundo Ricardo Schneider, presidente do Centro de Comércio do Café do Estado de Minas, a alta dos preços na Bolsa de Nova York se deve à combinação de fatores como as condições climáticas, os relatos de safra menor no Brasil e a incerteza sobre a próxima produção. Ele explicou que essa insegurança levou industriais norte-americanos a comprarem contratos na Bolsa como forma de proteção. Esse movimento tem intensificado as negociações e reforçado o peso do mercado brasileiro no cenário global do café.

 

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