Comando C4: PF prende 5 suspeitos ligados a agência de extermínio com alvos no STF e Congresso

A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (28) cinco suspeitos de integrarem uma organização criminosa especializada em planejar atentados contra autoridades dos Poderes Judiciário e Legislativo. O grupo, identificado como uma espécie de "agência de extermínio", tinha como alvos principais ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além de senadores e deputados federais.

De acordo com as investigações, os criminosos cobravam valores elevados para executar os crimes: até R$ 250 mil para atentados contra ministros do STF, R$ 150 mil para senadores e R$ 100 mil para deputados. O grupo operava com um esquema estruturado de vigilância e execução, indicando alto grau de organização e periculosidade.

Durante as investigações, a PF descobriu que o grupo denominado "Comando C4", sigla para "Comando de Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos", possuía um arsenal de guerra, incluindo explosivos de alto poder destrutivo. Entre os artefatos apreendidos estavam minas magnéticas e explosivos com detonação remota, evidenciando a capacidade do grupo para realizar atentados de grande escala. A presença desses materiais reforça o grau de periculosidade da organização, que demonstrava disposição para utilizar métodos extremos em suas ações criminosas.

A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do STF, e faz parte de um inquérito que corre sob sigilo. As apurações também investigam a possível venda de decisões judiciais envolvendo servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT).

Fontes próximas à investigação apontam que a existência de tal estrutura criminosa chocou autoridades pela ousadia e sofisticação do plano. Informações preliminares indicam que o grupo agia de forma meticulosa, com planejamento estratégico voltado ao assassinato de figuras centrais do cenário político e jurídico brasileiro.

A pronta atuação da Polícia Federal foi crucial para frustrar os atentados e garantir a segurança das autoridades ameaçadas. Os detidos foram encaminhados às autoridades competentes e deverão responder por crimes como conspiração para homicídio e organização criminosa.