Confronto entre PM e manifestantes em Belém deixa dois professores feridos
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Nesta quarta-feira (18), professores e servidores do Estado do Pará foram surpreendidos por um episódio de violência policial enquanto se manifestavam em frente à Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), em Belém. A tropa de choque da Polícia Militar revidou com balas de borracha e spray de pimenta contra os manifestantes, que protestavam contra a votação, em regime de urgência, do PL 729/2024, proposto pelo governador Helder Barbalho (MDB). O projeto de lei foi aprovado com 10 votos contrários na 36ª sessão ordinária da casa, a última do ano.
Durante a manifestação, dois professores foram atingidos por balas de borracha, um deles no rosto, e precisaram de atendimento médico prestado pelos agentes do Corpo de Bombeiros. Além disso, manifestantes passaram mal após a ação policial e foram auxiliados por servidores presentes. Dois participantes do protesto foram encaminhados pela polícia até a Seccional do Comércio.
Os protestos em frente à Alepa não foram um caso isolado. Na terça-feira (17), servidores já haviam se manifestado contra a possível extinção da Fundação Cultural do Pará (FCP) e da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa). Imagens registradas por celulares mostram a confusão e a presença de um grande número de agentes policiais, que impediram a entrada dos manifestantes no prédio.
Diversos movimentos sociais e sindicais se pronunciaram, acusando a Polícia Militar de hostilizar e agredir os manifestantes. O grupo protesta contra reformas que afetam leis e gratificações, como a modificação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) e a possibilidade de extinguir o Estatuto do Magistério. O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) afirmou que não aceitará retrocessos conquistados com anos de luta.
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