Curitiba: surto de Hepatite A preocupa autoridades

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Um recente boletim divulgado pelo Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba revelou um aumento preocupante no número de casos de Hepatite A na cidade. Segundo o relatório, foram registradas 15 confirmações adicionais da doença em apenas uma semana, totalizando 353 casos entre janeiro e 21 de junho deste ano.
De acordo com os dados, a maioria dos casos ocorre em homens jovens, com idades entre 20 e 39 anos. O surto também resultou em cinco óbitos e um transplante hepático relacionado à doença. Dentre os 353 casos confirmados da doença, 209 pacientes foram internados (59,2%), e 12 deles precisaram de cuidados intensivos em uma UTI..
Especialistas alertam que a higiene é a principal forma de prevenção, tanto na lavagem das mãos com água e sabão antes das refeições e após o uso do banheiro, quanto nas práticas sexuais, que exigem cuidados de higiene e proteção.
A transmissão da Hepatite A ocorre através do contato com as fezes de uma pessoa infectada, e o vírus pode permanecer ativo por até cinco meses após a infecção, mesmo que os sintomas já não estejam presentes. No caso de Curitiba, a principal forma de transmissão tem sido por meio do contato oral/anal e oral/vaginal com pessoas contaminadas.
Entre os sintomas mais comuns relatados pelas pessoas infectadas estão a falta de apetite, mal-estar geral, enjoo, febre, fadiga e a evolução para icterícia (coloração amarelada nos olhos e na pele), urina escura e fezes esbranquiçadas. É importante que, ao apresentar esses sintomas, a pessoa procure atendimento médico para um diagnóstico adequado.
O SUS disponibiliza a vacina contra Hepatite A no calendário de vacinação infantil, além de ser destinada a grupos específicos, como pessoas vivendo com HIV/Aids, transplantados, doadores de órgãos sólidos e casos de imunossupressão. Aqueles que já foram imunizados na infância estão protegidos contra a doença, assim como aqueles que já foram infectados pelo vírus A da Hepatite. Para outros grupos, a vacina está disponível em clínicas privadas.
Além da vacinação, é essencial adotar medidas de prevenção, como o uso de preservativos nas relações sexuais, a higienização frequente das mãos e a adoção de práticas adequadas na manipulação e preparo de alimentos.



