Defesa de Mauro Cid reforça validade da delação premiada e descarta qualquer coação

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus, acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022. O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, apresentou seu relatório, seguido pela acusação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra Bolsonaro e os demais réus do “núcleo crucial”.
A defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, foi a primeira a se manifestar. Cid reforçou a validade da delação premiada fechada com a Polícia Federal em 2023 e negou ter sido pressionado durante o processo. Ele responde por diversos crimes, entre eles organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público. Na sequência, os advogados Jair Alves Ferreira e Cezar Bittencourt dividiram a defesa de Cid, abordando a delação e os fatos relacionados ao caso.
Durante a exposição da defesa, Ferreira destacou a importância da delação premiada como meio de obtenção de provas, ressaltando a solidez da colaboração de Mauro Cid e afirmando que a condenação do réu representaria o enfraquecimento desse instrumento. Bittencourt, por sua vez, enfatizou que Cid não elaborou, compartilhou ou incitou conteúdos golpistas, defendendo que a acusação se baseia em suposições e não em fatos concretos.
A defesa também reiterou que Mauro Cid não teve participação nos atos de invasão às sedes dos Três Poderes em janeiro de 2023. O julgamento ocorrerá ao longo de cinco dias. Além de Bolsonaro, os sete réus do núcleo crucial enfrentarão acusações relacionadas à suposta organização criminosa denunciada pela PGR. As penas máximas atribuídas a Bolsonaro nesse contexto podem chegar a até 43 anos de prisão.
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