Deputada Carla Zambelli é presa na Itália
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A deputada federal pelo estado de São Paulo Carla Zambelli (PL) foi capturada pelas autoridades italianas após ter sido condenada a dez anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A prisão de Zambelli foi ordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 5 de junho, quando a deputada estava foragida da Justiça brasileira e figurava na lista de procurados da Interpol.
A prisão foi confirmada pelo Ministério da Justiça. Zambelli terá de ser extraditada e trazida de volta ao Brasil, onde iniciará o cumprimento da pena em regime fechado. O caso que resultou na condenação da deputada envolveu a contratação de um hacker para invadir os sistemas do CNJ e inserir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, assinado por ele mesmo.
A prisão da deputada pegou a cúpula do Partido Liberal (PL) de surpresa, sendo que as lideranças da legenda foram informadas sobre a detenção pela imprensa.
A deputada Carla Zambelli saiu do Brasil no final de maio, viajando para os Estados Unidos e, posteriormente, para a Itália, país onde possui cidadania. O governo italiano afirmou que não sabia o paradeiro de Zambelli, sendo que a deputada foi localizada após um deputado italiano informar à polícia local sobre sua localização em um apartamento em Roma.
Carla #Zambelli e’ in una casa a Roma. Ho comunicato alla polizia l’indirizzo ed in questo momento la polizia ha identificato Zambelli.
— Angelo Bonelli (@AngeloBonelli1) July 29, 2025
Carla Zambelli está em um apartamento, em Roma. Forneci o endereço à polícia, neste momento a polizia esta identificando Zambelli. pic.twitter.com/UWDg3j7Hen
A deputada, que havia pedido afastamento do cargo por motivos de saúde e interesse particular, teve sua prisão considerada como definitiva devido à tentativa de fuga da lei ao deixar o Brasil.
Carla Zambelli já estava sujeita a bloqueios de passaportes e contas bancárias, além de ter seus perfis em redes sociais bloqueados em território nacional, sob pena de multa diária. Após a condenação e posterior fuga, a deputada questionou a ordem de prisão de Moraes, classificando-a como "ilegal" e "autoritária".
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