Eduardo Bolsonaro solicita a Motta permissão para exercer mandato nos Estados Unidos

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro enviou um ofício ao presidente da Câmara, Hugo Motta, pedindo para exercer seu mandato nos Estados Unidos, onde se encontra desde fevereiro deste ano. Segundo o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele tem atuado na "diplomacia parlamentar" no país norte-americano. Alegando ser alvo de perseguição política, Eduardo também destacou a pandemia de covid-19 como justificativa para o exercício remoto do mandato, citando um precedente claro em tempos de crise.
No ofício, enviado e publicado nas redes sociais, Eduardo argumentou que o risco de perseguição política é maior do que o risco de adoecer durante a pandemia. O deputado participou remotamente de uma subcomissão da Câmara e aguarda pronunciamento de Motta sobre o pedido. Nos Estados Unidos, ele tem pressionado o governo para impor sanções contra autoridades brasileiras, o que resultou em medidas que impactaram as relações comerciais entre os países.
A atuação de Eduardo em território estrangeiro gerou um inquérito que investiga possíveis irregularidades. Em agosto, ele e o pai foram indiciados pela Polícia Federal por coação no curso de um processo que envolve o ex-presidente em uma tentativa de golpe de Estado. Desde o fim de sua licença, em julho, o deputado acumulou 15 faltas não justificadas no Plenário da Câmara, sendo que as ausências começaram a ser registradas em agosto, após o recesso parlamentar.
No Conselho de Ética da Câmara, quatro representações foram feitas pedindo a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro. A situação do deputado gera discussões sobre sua atuação no exterior e as consequências de suas ações, especialmente em relação às relações diplomáticas do Brasil. Eduardo aguarda decisão sobre seu pedido de exercer o mandato a distância, enquanto enfrenta desafios tanto no âmbito político quanto jurídico.
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