Eduardo Paes diz que cometeu um "erro" ao nomear Chiquinho Brazão

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), comentou pela primeira vez sobre a prisão de Chiquinho Brazão, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Brazão ocupou o cargo de chefe da Secretaria Especial de Ação Comunitária da prefeitura entre outubro de 2023 e fevereiro de 2024.
Segundo Paes, ele reconheceu que foi um equívoco nomear uma pessoa com suspeitas envolvendo o caso para o governo municipal. Quando começaram a surgir boatos, o prefeito solicitou a retirada de Brazão da secretaria, admitindo ter feito uma avaliação equivocada sobre os riscos envolvidos na situação.
O prefeito ressaltou que busca alianças políticas, mas enfatizou que estas alianças têm limites. Ele assegurou que seu governo continuará demonstrando que não compactua com nenhum tipo de irregularidade. Na última semana, o prefeito do Rio remanejou diversos indicados de Brazão que ainda permaneciam na secretaria.
A oposição, representada pelo partido PSOL, vinha cobrando uma posição de Eduardo Paes. Integrantes do PSOL já haviam manifestado desconforto devido à proximidade entre o prefeito e o grupo político suspeito de encomendar o assassinato da vereadora.
A Polícia Federal aponta que o homicídio de Marielle teria ligação com a oposição do partido ao Projeto de Lei Complementar 174, de 2016, que flexibilizava as regras de ocupação do solo na cidade do Rio. Essa resistência em apoiar o texto, que poderia beneficiar economicamente a Família Brazão, é considerada uma das possíveis causas para o assassinato encomendado.



