Governo dos EUA questiona sistema PIX do Brasil em investigação sobre comércio digital

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Os Estados Unidos abriram uma investigação formal contra o Brasil por supostas práticas que prejudicam empresas americanas no setor de comércio digital e pagamentos eletrônicos. A ação, solicitada por Donald Trump, mira indiretamente o PIX, sistema de transferências instantâneas do Banco Central. O documento não cita o PIX diretamente, mas abrange “serviços de comércio digital e pagamento eletrônico”. Em julho de 2025, o governo americano anunciou a investigação com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974 e aplicou tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto. O presidente Lula afirmou que o Brasil defenderá sua soberania, recorrerá à Organização Mundial do Comércio e poderá adotar medidas recíprocas. Até o momento, não houve resposta formal do Brasil.
Desde 2020, o PIX se tornou o principal meio de pagamento digital no país. Em 2024, movimentou R$ 26,46 trilhões, aumento de 54,6% em relação a 2023, com 63,5 bilhões de transações, contra 41,68 bilhões no ano anterior. Em dezembro de 2023, o WhatsApp suspendeu pagamentos via cartão de débito no Brasil, priorizando o PIX. O Banco Central segue ampliando o sistema, lançando funcionalidades como PIX Agendado Recorrente, PIX por aproximação e PIX Automático para pagamentos recorrentes.
Em julho de 2025, o PIX sofreu um ataque cibernético via empresa intermediária C&M Software, que resultou no furto de mais de R$ 540 milhões. O Banco Central bloqueou o acesso da empresa ao sistema e congelou R$ 270 milhões. Um técnico terceirizado foi preso e as investigações continuam. Esses eventos evidenciam a importância estratégica do PIX para o Brasil, mesmo em meio a tensões comerciais internacionais.


