Governo intensifica uso de biometria e CPF para personalizar serviços públicos

A proposta inclui a exigência de biometria na concessão dos serviços, transformando o CPF em uma chave virtual de acesso. A ideia central é automatizar e personalizar os serviços oferecidos aos cidadãos, integrando as bases de dados de diferentes órgãos federais na chamada Infraestrutura Nacional de Dados.

Essa integração promove a interoperabilidade dos sistemas, permitindo que informações de órgãos como a Receita Federal, TSE, Polícia Federal e SUS sejam compartilhadas de forma segura. Com isso, será possível associar dados como vacinas tomadas, tratamentos médicos, renda, patrimônio, e até movimentações de entrada e saída do país a cada cidadão, por meio do CPF.

Os decretos assinados pelo presidente Lula e pela ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Ester Dweck, marcam um avanço na transformação digital do governo. A biometria passará a ser obrigatória para concessão ou renovação de benefícios da seguridade social, alinhando-se com a expansão da Carteira de Identidade Nacional, que tem o CPF como número de identificação.

Uma parceria com a Caixa Econômica Federal permitirá a coleta de biometria na hora do contato com beneficiados, além de incentivar a adoção da nova identidade. Outro decreto estabelece a governança de dados da administração pública, determinando diretrizes para integrar as bases de informação dos órgãos federais.

Um novo aplicativo, "Meu Imóvel Rural", foi lançado para consolidar registros de propriedades agrícolas, simplificando o acesso para os agricultores. A figura do "executivo de dados" será criada para analisar e interligar informações entre órgãos, buscando agilizar a oferta de serviços públicos.

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