Governo lança Plano Brasil Soberano e adota medidas para combater tarifas dos EUA
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O Governo do Brasil anunciou a implementação do "Plano Brasil Soberano" em resposta às medidas tarifárias impostas pelos Estados Unidos. O pacote tem como foco as empresas mais afetadas pelo chamado "tarifaço" de Donald Trump e inclui a disponibilização de crédito, compras governamentais de produtos não exportados e a exigência de conteúdo nacional em mercadorias produzidas no país.
Durante o pronunciamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as ações dos Estados Unidos, afirmando que os americanos costumam demonizar seus oponentes em conflitos e que as tarifas foram anunciadas por motivos ideológicos. Lula destacou que as medidas adotadas foram consideradas chantagem e injustiça por representantes do setor produtivo e políticos brasileiros.
As ações tomadas visam beneficiar até 45% das empresas que vendem para os EUA, já que 694 setores foram isentos das taxações adicionais. No entanto, segmentos importantes como carne e café foram impactados com uma taxa extra de 40%, totalizando 50% sobre as tarifas anteriores, em vigor desde o dia 6.
Além das medidas econômicas, o governo brasileiro planeja continuar negociando com os Estados Unidos para reduzir as tarifas e ampliar a lista de produtos isentos de taxas. Uma estratégia tríplice está em andamento, incluindo incentivos econômicos, negociações comerciais e abertura de novos mercados para diversificar as exportações.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, expressou apoio às medidas paliativas adotadas e destacou a importância de acordos comerciais bilaterais para fortalecer a indústria nacional. A diversificação de mercados, com ênfase em países como a China, também é vista como uma alternativa para reduzir a dependência de produtos como soja, petróleo e minério de ferro.
Com a publicação do plano no Diário Oficial da União, aguarda-se a aprovação das medidas pelo Congresso nos próximos 120 dias. A expectativa é que haja prioridade na tramitação das propostas, visando beneficiar as empresas afetadas pelo aumento das tarifas no comércio internacional.
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