Governo se prepara para CPI sobre descontos ilegais no INSS

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O governo está se movimentando frente à crescente possibilidade de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os descontos ilegais no INSS. O Planalto já planeja estratégias para garantir representatividade e influenciar a composição do colegiado. A intenção é buscar o apoio de um grande número de membros da comissão, proteger o presidente Lula de possíveis desgastes e responsabilizar a gestão Bolsonaro.
Segundo informações do INSS, mais de um milhão de aposentados e pensionistas se manifestaram em relação aos descontos feitos em seus benefícios para entidades associativas. Daqueles que responderam, 98,3% afirmaram não reconhecer o vínculo com as respectivas organizações. O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (PT-SE), e o senador Fabiano Contarato (PT-ES) já mostraram apoio à criação da CPMI, somando um total de 37 senadores e 223 deputados a favor da comissão.
O governo, embora oficialmente seja contra a instalação da comissão, reconhece nos bastidores que não poderá evitá-la. Os aliados políticos do presidente Lula destacam a necessidade de uma comissão equilibrada em termos de representação, com especialistas técnicos em questões do INSS. Alguns membros da base governista até defendem a estratégia de buscar a presidência e relatoria da CPMI. Um nome cogitado para a relatoria é o da deputada Tabata Amaral (PSB-SP).
O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, durante audiência no Senado, afirmou seu apoio à instalação da CPMI. Ele destacou que mudanças feitas por medida provisória durante o governo Bolsonaro contribuíram para o aumento de entidades que realizaram cobranças indevidas aos aposentados. As investigações apontam que os valores descontados dos beneficiários tiveram um significativo aumento nos últimos anos da gestão anterior e nos primeiros anos da atual administração.
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