Hugo Motta nega consenso sobre anistia aos presos do 8 de janeiro

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou durante uma reunião de líderes que não existe um consenso na casa referente à proposta de anistia ampla para os presos e condenados em relação aos ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Motta enfatizou que o texto não será aprovado "à força". A discussão envolveu ainda questões sobre uma possível CPI do INSS.
Durante o encontro, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) cobrou publicamente uma posição do presidente da Câmara em relação à anistia, mencionando parentes de um fugitivo dos eventos de janeiro. O projeto de lei em questão já obteve as assinaturas necessárias para ter sua urgência reconhecida, porém, Motta, respaldado pelo colegiado de líderes, optou por não levá-lo ao plenário no mês anterior.
A irritação de Motta foi perceptível na reunião de terça-feira (20), ao responder a questionamentos sobre a anistia. O presidente da Câmara ressaltou que o texto atual não será aprovado na casa e previu que, mesmo que seja aprovado na Câmara, no Senado e sancionado pelo presidente Lula, o Supremo Tribunal Federal (STF) o declarará inconstitucional. Ele também criticou o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), por conseguir assinaturas sob premissas que foram posteriormente alteradas.
Diante da falta de consenso, a comissão decidiu adiar a análise do projeto, ressaltando que a proposta de anistia ampla não é consensual, apesar de tentativas de torná-la mais restrita. O líder do PP, Luizinho (RJ), sugeriu que o PL apresente um novo texto mais delimitado para que possam trabalhar a partir dele. A iniciativa não prosperou mesmo após aval de Jair Bolsonaro, do PL, para que o partido elaborasse um relatório mais enxuto.
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