IBGE: estudo mostra que homens jovens morrem mais que mulheres no Brasil

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Um levantamento realizado pelo IBGE revelou que, no período de agosto de 2021 a julho de 2022, o Brasil registrou 1,3 milhões de óbitos. Deste total, 722.225 (54,5%) foram de homens, enquanto 603.913 (45,5%) de mulheres. A análise apontou para uma grande disparidade na mortalidade entre os gêneros, sendo a taxa de mortalidade masculina 3,7 vezes maior do que a feminina na faixa etária de 20 a 24 anos.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cobertura das mortes feita pelo Censo alcançou 84,4% do que é registrado no Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. No entanto, o foco do recenseamento é caracterizar os domicílios das pessoas falecidas, fornecendo informações sobre condições de habitação e níveis de educação, entre outros aspectos.
Entre as regiões do país, o Norte se destaca com a maior diferença de mortalidade entre os sexos, onde a cada 100 mulheres falecidas, 138,5 homens morrem. Em seguida, aparecem o Centro-Oeste (129,6), o indicador nacional (119,6) e o Sudeste (113,9). Estados como Tocantins, Rondônia, Roraima, Mato Grosso e Amapá apresentaram as maiores taxas de mortalidade masculina em relação à feminina.
A sobremortalidade masculina é atribuída principalmente a causas externas, como acidentes de trânsito, homicídios e suicídios. Essas ocorrências impactam principalmente a faixa etária entre 15 e 34 anos, sendo mais evidente na faixa de 20 a 24 anos, onde a proporção de óbitos masculinos para cada 100 mulheres chega a ser 3,7 vezes maior. A análise também constatou que a partir dos 80 anos de idade, as mortes de mulheres passam a predominar com uma margem pequena.



