Justiça mantém prisão de suspeito do maior golpe cibernético do Brasil

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A Justiça de São Paulo decidiu manter a prisão de João Nazareno Roque, suspeito de participar do que a Polícia Civil considera como o maior golpe cibernético contra instituições financeiras do país. O ataque aconteceu recentemente contra a empresa C&M Software, resultando em um desvio de R$ 541 milhões da instituição de pagamento BMP. João foi preso na quinta-feira passada e, durante a busca em sua residência, a polícia apreendeu equipamentos eletrônicos relevantes para a investigação.
Além de confirmar a prisão de João, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 270 milhões de uma conta utilizada para receber os valores desviados. Em depoimento, o suspeito afirmou ter sido abordado em março em um bar no bairro Jaraguá, em São Paulo, por outro indivíduo interessado em conhecer os sistemas da empresa onde João trabalhava, a C&M Software. Para a polícia, João Roque é considerado um insider, alguém de dentro da estrutura que facilitou o acesso para que outros indivíduos pudessem invadir o sistema.
O funcionário teria recebido pagamento de R$ 15 mil para conceder acesso aos criminosos, possibilitando a realização do golpe. João confessou ter auxiliado outras pessoas a acessarem o sistema e a efetuarem transferências milionárias via PIX diretamente ao Banco Central. As investigações apontam que os criminosos, ao utilizar as credenciais do funcionário, realizaram transferências no total de R$ 541 milhões para outras instituições financeiras durante um período de três horas.
A empresa C&M Software atua na custódia de transações via PIX entre a empresa vítima BMP e o Banco Central, e a invasão dos sistemas teria começado por volta das 4 horas da manhã de uma segunda-feira. Os criminosos agiram de forma estratégica, transferindo fundos da BMP para outras contas sem levantar suspeitas imediatas. Foi uma terceira instituição financeira, não identificada, que alertou a BMP sobre as movimentações suspeitas trazidas pelo ataque hacker, que já é considerado o maior do tipo no país pela polícia.
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