Mãe que pesquisou por 'chumbinho' 130 vezes é indiciada por matar filhos com veneno

A Polícia Civil indiciou uma mulher por envenenar seus dois filhos, de 18 e 12 anos, em novembro de 2024, com o intuito de se vingar do ex-marido. Segundo as investigações, a mãe teria servido o jantar aos filhos, que passaram mal cerca de meia hora depois e foram encaminhados ao hospital, onde foi suspeitado envenenamento. Exames comprovaram a presença de "chumbinho", um veneno utilizado para matar roedores, no sangue das vítimas. A jovem de 18 anos não resistiu e faleceu seis dias após o envenenamento, enquanto o menino de 12 anos morreu após 13 dias internado.

Além disso, perícias realizadas também apontaram para tentativa de ocultação de provas, uma vez que os alimentos contaminados foram descartados e a casa estava "minimamente limpa e organizada", conforme relatado pelo perito. A mulher responderá por homicídio qualificado, incluindo motivos torpes, administração de veneno e o uso de um recurso que dificultou a defesa das vítimas. No caso da filha de 18 anos, há três qualificadoras, enquanto o filho de 12 anos, vítima do crime, possui uma qualificadora adicional devido à sua idade.

Durante seu depoimento, a suspeita alegou que "estava tudo nas mãos de Deus" e não demonstrou interesse em descobrir quem teria envenenado os filhos, levantando suspeitas por parte da polícia. Ela também não soube explicar como os filhos ingeriram o jantar e, posteriormente, vieram a falecer envenenados. A investigação revelou mensagens no celular da mulher que indicavam um planejamento para a morte dos filhos, relacionando a ação com dificuldades financeiras e afirmando que tal ato "iria acabar com tudo".

O delegado Humberto Junio, responsável pelo caso, destacou que a mãe e o ex-marido viviam uma crise conjugal há anos. Pesquisas feitas no celular da mulher sugeriram que ela sabia sobre as doses fatais de veneno para crianças, reforçando a tese de que o crime foi premeditado. A mulher também pesquisou diversas vezes sobre o uso de "chumbinho", evidenciando que ela planejou o envenenamento com antecedência.