Mais de mil peregrinos em Meca perderam a vida por calor extremo
ICARO Media Group TITAN

Mais de mil pessoas perderam a vida durante a grande peregrinação anual a Meca, de acordo com informações atualizadas divulgadas pela AFP nesta quinta-feira (20). O novo balanço inclui 58 egípcios, o que elevou o número de mortos a pelo menos 658 de peregrinos somente vindos do Egito que faleceram durante o hajj na Arábia Saudita. Além disso, outras 423 pessoas de diferentes nacionalidades também perderam a vida.
O calendário lunar islâmico determina as datas da peregrinação, que este ano ocorreu durante o início do verão escaldante. O hajj aconteceu com temperaturas que chegaram a atingir 51,8 ºC na Grande Mesquita de Meca. Essas altas temperaturas são um desafio aos peregrinos, especialmente àqueles que estão em situação irregular no reino.
Arábia Saudita possui um sistema de cotas para a entrada de peregrinos de cada país, porém, anualmente, dezenas de milhares de pessoas viajam para o reino de forma irregular, devido à falta de recursos financeiros para custear o procedimento oficial. Esses peregrinos estão mais sujeitos aos efeitos do calor extremo, já que não possuem acesso aos espaços com ar-condicionado disponibilizados pelas autoridades sauditas.
Segundo relatos, as causas mais comuns das mortes entre os peregrinos egípcios foram o calor e exaustão provocados pelas condições adversas durante a peregrinação. Além dos egípcios, peregrinos da Malásia, Índia, Jordânia, Paquistão, Indonésia, Irã, Tunísia, Senegal, e Curdistão iraquiano também perderam a vida durante o hajj deste ano.
A Arábia Saudita ainda não divulgou informações detalhadas sobre as vítimas, mas já foram reportados mais de 2.700 casos de "esgotamento por calor" até o momento. No ano passado, mais de 300 mortes foram registradas durante o hajj, a maioria delas sendo de peregrinos indonésios.
O esforço exigido pelo hajj motivou várias tragédias ao longo dos anos, incluindo um pisoteamento em 2015 que resultou na morte de até 2.300 pessoas durante o ritual de "apedrejamento do diabo" em Mina, próximo a Meca, sendo a pior tragédia até o momento.
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