Mauro Cid diz que presenciou, mas não atuou em tentativa de golpe

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O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, fez declarações ao Supremo Tribunal Federal (STF) alegando ter presenciado a maioria dos acontecimentos, porém negou ter participado deles. Cid afirmou não ter tido envolvimento na tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder, ressaltando que assinou a delação de livre e espontânea vontade, sem qualquer tipo de coação. Ele destacou que os depoimentos anteriores foram prestados a pedido da Polícia Federal.
Segundo as revelações de Cid, o ex-presidente Bolsonaro teria lido e até feito modificações em um documento referente ao golpe, retirando autoridades de uma lista de prisões, exceto o ministro Alexandre de Moraes. O militar afirmou que as mensagens trocadas não apontavam para descobertas de fraudes eleitorais, ressaltando que as informações eram elaboradas para tal propósito, sem contudo conseguir comprovar essas alegações.
Durante o processo em curso, Mauro Cid será o primeiro a depor, mesmo após ter fechado um acordo de colaboração premiada e ter sido denunciado. De acordo com a lei, é estabelecido que o delator seja ouvido antes dos demais réus a fim de garantir que estes tenham conhecimento das acusações e informações prestadas pelo colaborador. Os demais acusados serão ouvidos seguindo a ordem alfabética.
Os interrogatórios estão sendo conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, na qualidade de juiz instrutor, seguido pelo procurador-geral Paulo Gonet e pelas defesas dos réus, sem limitação de tempo para cada depoimento. As audiências, que contarão com a presença dos réus em ordem alfabética, estão sendo realizadas de forma presencial na Primeira Turma do STF, com transmissão pela TV Justiça. Para garantir a segurança do ambiente, foi montado um esquema especial com maior controle na entrada e monitoramento dos presentes.
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